quinta-feira, setembro 05, 2019

Digressão

Quando às vezes não há nada para escrever
Teima-se em pôr no papel palavras
Ainda que sejam tão fracas
Quanto este poema

Vida que se esvai na seca
Da alma seca calma quente
Ar parado do peito que pára
Das escamas que se incandescem

E cobrem a nudez da imagem invertida
Reflexo insano da própria vida
Convulsa
Avulsa
Dentro de sóis e paróis
Caleidoscópio vingativo
Que insana a alma humana
E frecha a frecha acerta a brecha
Onde o olho espia a verdade incerta
Sangra
Sangra
Sangra
e Sangra...

E não pára-
lelepípedo

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