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quarta-feira, janeiro 17, 2024

Todas as histórias que já contei


Faz algum tempo que eu desejava fazer aqui no blog um registro de todas as histórias que já contei. Algumas delas eu esqueci, confesso. Outras, estão tão vívidas como sempre estiveram, de tanto que eu continuo a contá-las.

O exercício de contar histórias, para mim, é também um movimento de guarda e preservação das mesmas. Ao contar histórias, eu as estou "guardando" pois, como diz Antonio Cicero, "Em cofre não se guarda coisa alguma / Em cofre perde-se a coisa à vista". Sendo assim, ao transmitir essas narrativas e também ao registrá-las aqui, eu contribuo para que elas permaneçam.

Esta será uma lista dinâmica. Ela irá crescer à medida que eu for expandindo meu repertório. Além disso, quero produzir versões em escrito das histórias de tradição oral. A partir desses registros, contando com minhas palavras, pretendo fazer o link do título de cada história com a postagem do registro. 

Conto com as contribuições e comentários de todas as pessoas, para que esta postagem esteja cada vez mais rica, e que este tesouro possa enriquecer também seus repertórios e pesquisas.

1. A mulher sábia;

2. O jovem rei;

3. Uma questão de interpretação;

4. O mordomo fiel;

5. O conto do vigário;

6. Os 3 soldados e a princesa nariguda;

7. Anansi e a busca impossível;

8. As penas do dragão;

9. Chapeuzinho Amarelo;

10. Que bicho será que fez a coisa?

11. O caso do bolinho;

12. Um herói bem diferente;

13. Uma visita inesperada;

14. O carvalho;

15. A Fada Feia e a Bruxa Bela;

16. A viúva piedosa e o ateu impiedoso;

17. O filho mudo do fazendeiro;

18. A quase morte de Zé Malandro;

19. Nasrudin e a Morte;

20. O pássaro, o rato e a linguiça;

21. Nasrudin e o viajante;

22. Nasrudin no poste;

23. Nasrudin e o cavalo;

24. O cavalo de madeira;

25. Uma ideia toda azul;

26. A língua (quem te matou, caveira?);

27. Carne de língua; 

28. O homem sem sorte;

29. O nabo gigante (Grimm);

30. A flauta de osso? (Grimm);

31. Os 3 jacarezinhos;

32. O causo do caçador;

33. O causo da garrucha;

34. O causo da dentadura;

35. O Quibungo;

36. Miserinha;

37. O cheiro do pão;

38. O Bichão;

39. O cameleiro de Bagdá;

40. A última folha verde;

41. A Bruxa Salomé;

42. Lucum a la pistache;

43. Os 3 desejos e a linguiça;

44. O único desejo;

45. Lolô;

46. O pássaro da verdade;

47. A história da coca;

48. A procissão das almas;

49. O lobisomem;

50. O peixe luminoso;

51. Raposa;

52. A promessa do girino;

53. As trapalhadas de Zé Bocoió.

quarta-feira, dezembro 13, 2023

O pássaro da verdade

https://pixabay.com/pt/users/kriemer-932379/

Esta história é contada entre o povo San, que vive no deserto do Kalahari, ao sul da África. Quem a contou para mim foi a Emilie Andrade, na abertura da Sexta Candeia - Mostra Internacional de Narração Artística. Ela por sua vez teve contato com essa narrativa por intermédio de um pesquisador estadunidense chamado Michael Meade.

Dizem que certa vez um caçador, cansado de suas caçadas, sedento e esbaforido, parou às margens de um lago para beber àgua. Enquanto saciava sua sede, viu nos reflexos das águas a figura de um enorme pássaro branco. Ao levantar a cabeça, porém, não viu sinal do pássaro. Apenas o céu azul.

O caçador permaneceu no mesmo lugar o dia inteiro, esquecido de retomar a caçada, olhando para cima, na esperança de novamente ver o pássaro branco. Ao fim do dia, retornou para sua casa.

Uma mudança, porém, se operou no caçador. Ele parecia triste e desanimado. Vivia com os olhos no céu. Não saía mais para caçar. As pessoas perguntavam o que ele teria, ao que nada respondia. Até o dia em que um amigo o interpelou. Ele compartilhou que desde que vira de relance o pássaro branco, nada mais queria a não ser vê-lo novamente. O amigo retrucou que ele provavelmente não havia visto pássaro algum, que tudo não havia passado de um lampejo de raio de sol refletido na superfície do lago. Mas caçador tinha certeza do que havia visto.

Depois de alguns dias, o caçador então tomou uma decisão. Largou definitivamente seu ofício, abandonou o local que nasceu e decidiu partir em busca do pássaro. Por onde ele passava, perguntava se as pessoas tinham avistado a ave. A maioria dizia que nunca a tinha visto. Uns poucos dizia ter ouvido falar.

O tempo passou caçador agora estava velho. Até que chegou em um pequeno vilarejo situado no fundo de um vale. Lá ele ouviu pela primeira vez que sim, esse pássaro existia. Era o grande Pássaro da Verdade e vivia na montanha mais alta, do outro lado do vale. 

Imbuído de uma nova energia, o caçador se dirigiu à montanha e começou a escalá-la. Usou toda a sua força para transpor esse obstáculo. Até que sentiu uma emoção nunca antes sentida. Seu corpo todo se comovia. Era um cansaço impossível. O caçador teve então a certeza de que iria morrer.

E num relance ele sentiu o lufar de asas sobre a sua cabeça. Olhou para cima e nada viu além do céu azul, tão azul quanto naquele dia em que ele vira de relance o vulto do Pássaro da Verdade na superfície das águas do lago, tantos anos atrás. Fraco e cansado, o caçador estendeu a mão. 

Então, lá do alto, planando, cálida e pequena, uma pena branca veio descendo lentamente, uma leve pluma, que pousou na mão estendida do caçador. Ele segurou a pena junto de si e, com um sorriso nos lábios, morreu.

Hoje, após transcrever essa história, eu me sinto um pouco como esse caçador. Sinto-me como alguém que encontrou um dia a Beleza e foi por ela transformado de tal maneira que deseja investir a vida inteira em sua busca. E sem se importar se a busca terá sucesso, estando feliz e realizado apenas com o mínimo sinal de que ela, a Beleza, a Verdade, o Sonho, o Ideal, existe.

segunda-feira, dezembro 04, 2023

Sagatrissuinorana - Crônica de uma tragédia anunciada



O clima está ameno. O campo aberto é um convite ao cultivo. Aquele vale verde e fértil é habitado por três simpáticos porquinhos. A princípio, lobo nenhum espreita, mas isso está para mudar.

Assim começa Sagatrissuinorana, livro de João Luiz Guimarães e Nelson Cruz. Na verdade, a "Saga" começa com uma inusitada mas famosa palavra: Nonada. Refazendo os passos e estilo roseanos, João Luiz Guimarães nos presenteia com um espetáculo de linguagem que nos remete não apenas aos clássicos dos contos de fadas, mas aos textos de Rosa que dialogam com esses clássicos, como Fita verde no cabelo.

E ao falarmos de espetáculo, o que dizer do traço de Nelson Cruz? O primor nas cores e formas fundam um universo de sentidos e transforma o texto de João Luiz Guimarães em uma experiência sinestésica vívida.

E enquanto o idílico vale se desdobra aos olhos de quem lê, a anunciada tragédia acontece. O lobo arrebenta os limites da tela e invade a imagem, causando destruição e medo. O lobo de Nelson Cruz é espetacular em toda a sua monstruosidade. Os porquinhos, porém, contam com um último refúgio, que é a casa de pedra. Até acontecer a verdadeira e real tragédia.

O trabalho conjunto de João Luiz Guimarães e Nelson Cruz resulta em uma obra-prima. Uma narrativa múltipla, que dialoga com o nosso tempo, enquanto homenageia os clássicos de ontem e de sempre. Um texto rico e profundo, mesclado a desenhos poderosos. Trata-se de um livro para ler várias vezes, uma obra que valoriza a memória, que nos pede para não esquecermos. E também é um livro que diz que não há lobo feroz o bastante que se equipare à maldade humana. Livro vencedor do Jabuti 2021. 


Ficha Técnica

Sagatrissuinorana

João Luiz Guimarães e Nelson Cruz

ISBN-13: 9786599010743

ISBN-10: 6599010741

Ano: 2020 

Páginas: 32

Idioma: português

Editora: ÔZé


Perfil do livro no Skoob: https://www.skoob.com.br/sagatrissuinorana-11831776ed11831450.html

segunda-feira, novembro 20, 2023

103 Contos de fadas de Angela Carter - Viajando pelo mundo através das histórias


O termo "Contos de fadas" é curioso, pois engloba diversas narrativas que não contam com fada nenhuma. Angela Carter faz um comentário assim no seu livro 103 contos de fadas, publicado pela Companhia das Letras e traduzido por Luciano Vieira Machado. O livro é uma viagem pelas mentes fantasiosas de vários povos, da Rússia ao Sudão. Somos apresentados a narrativas ora absurdas, ora exemplares. Contos morais e anedotas também aparecem no livro.

Fato é que Angela Carter faz um intenso e exaustivo trabalho de pesquisa, cuidando de ler, recolher, organizar e comentar os contos. Por falar nisso, recomendo muito a parte em que estão reunidos os comentários sobre as narrativas, suas fontes, seus aspectos sociais e psicológicos, entre outros elementos que os cercam e compõem.

São narrativas fascinantes. Temos, por exemplo, contos inuítes, em que as questões de gênero são problematizadas. Contos russos, com toda a sua magia. Há também piadas que vieram das regiões montanhosas e agrestes dos Estados Unidos.

Outro ponto que me chamou a atenção é que em muitos contos se mantiveram elementos coloquiais, interjeições presentes na fala, além de frases que entrecortavam a narrativa, como "foi assim" ou "muito bem". Com isso, muitos dos contos não tiveram um certo tratamento textual de cunho literário e se apresentaram o mais próximos o possível de como eram narrados oralmente.

103 contos de fadas me propiciou uma jornada gratificante por várias culturas diferentes. Pude experimentar outras versões de contos mais conhecidos, observar como sociedades muito distantes entre si podem ter narrativas semelhantes.

Por fim, me cativou a profusão de protagonistas mulheres. Poucas foram as vezes que os homens se destacaram. Toda a esperteza, inteligência e graça das mulheres foi demonstrada nesses contos.

Com elementos mágicos e maravilhosos, ora humorísticos e galhofeiros, numa verdadeira jornada pelos 4 cantos do mundo, 103 contos de fadas é um conjunto de narrativas imperdíveis para quem quer se aprofundar nos estudos dos contos tradicionais.


Ficha Técnica

103 contos de fadas

Coleção Listrada

Angela Carter

Tradução de Luciano Vieira Machado

ISBN-13: 9788535910896

ISBN-10: 8535910891

Ano: 2007 

Páginas: 499

Idioma: português

Editora: Companhia das Letras


domingo, setembro 10, 2023

O Carvalho



Pense em um lugar mágico. Um lugar Encantado. Uma Floresta, cheia de animais, repleta de vida. Dentro dessa Floresta existe uma colina e no alto dela um Carvalho. Nas noites de luar, seres mágicos se reúnem ao pé do Carvalho e dançam, cantam. É possível dizer que o Carvalho parece balançar com o vento no ritmo das cantigas.

Mas o que poucos sabem é que há muitos e muitos séculos essa Floresta foi um deserto. Um lugar inóspito, que separava alguns reinos. Um desses reinos era ocupado por magos, sábios, que criaram uma poção mágica. Com apenas uma gota, essa poção era capaz de fazer brotar uma plantação, um pomar ou mesmo um lindo jardim.

Essa poção despertou a ganância de um impiedoso rei, que reuniu um enorme exército. Este rei atravessou o deserto, invadiu o reino dos magos, destruindo tudo o que tocava e roubando a poção. Afinal, quem a tivesse seria declarado o dono do mundo. 

O rei então retornou pelo mesmo caminho que viera. Quando seu exército estava cruzando o deserto, ele descobriu uma conspiração de seus generais, que queriam roubar a poção e matá-lo. Com apenas um cavalo e poucas provisões, o rei decidiu fugir, para salvar sua vida.

Dias depois, ele se viu sem saída. Seu cavalo estava morto e ele, faminto e andrajoso, estava sobre uma colina, ponderando sobre seus atos. Observou o deserto e ponderou de que havia adiantado tanta ganância se agora ele morreria sem alcançar suas ambições?

Ele então olhou para o frasco em suas mãos onde estava a poção e pensou que, ao bebê-la, conseguiria alguns dias de vida. Então destampou o frasco e bebeu toda a poção.

Sentiu uma nova energia a atravessar seu corpo. Achou que seria capaz de atravessar vários desertos. Mas ao dar o primeiro passo, não conseguiu se mexer. Estava preso ao chão. Seus pés e pernas eram raízes. Seus braços eram galhos. Seus cabelos, folhas. Não era mais um homem, era um Carvalho. 

E o Rei-Carvalho observou por todos os anos a poção fazer efeito também nos vales do deserto, onde inúmeras plantas cresceram e a vida retornou com energia. Nos primeiros anos, ele considerava tudo aquilo como uma punição pela sua loucura e ganância. Mas após séculos de vida naquela floresta encantada, após ser várias vezes surpreendido pela vida, ele passou a acreditar que na verdade havia recebido uma dádiva divina e imerecida, dada a um homem que nunca havia aprendido o que é ter os pés no chão. 

segunda-feira, abril 04, 2022

Na floresta - Mil e uma histórias



Algo não está certo. O menino acorda certa noite com um barulho horrível. No dia seguinte, seu pai não mais está em casa e sua mãe parece muito triste. Mas esse nem é direito o começo da história. A mãe pede ao menino que vá levar um bolo para a vovó, que está doente, mas que não passe pelo caminho da floresta.

Isso lembra a você alguma coisa? Pois esse menino, protagonista do livro Na floresta, de Anthony Browne, irá justamente usar o caminho mais "curto", porém o mais perigoso e sombrio. Enquanto esse garoto faz a travessia solitária, vai se deparando com diversas personagens, todas elas bem reconhecíveis. Lá está o menino que precisa vendar uma vaca leiteira. Lá estão também a menina e o menino que se perderam de seus pais na floresta. E não se trata apenas disso. Ao longo das páginas, a cada nova imagem, vamos descobrindo que na floresta estão espalhados elementos de vários contos de fadas, num constante convite a um jogo de descobertas.

O texto da narrativa de Browne é simples. Porém, não é bom que seja lido de forma ingênua e desavisada. Muitas são as nuances que mostram que a história é muito mais do que está posto. Afinal, o que aconteceu com essa família? O pai de fato voltará? Haverá uma vovó esperando no final do caminho? E ainda que os conflitos pareçam apaziguados, as ilustrações nos contam que há algo mais, que o conflito talvez nunca se resolva. Ou sua resolução não seja aquela que esperamos.

Afinal, pouca coisa na vida acontece como esperamos. E a literatura, como arte, vem para nos lembrar de nossa finitude. Assim, nós nos lembramos que estamos vivos. E Anthony Browne, com seu primoroso Na floresta, enquanto homenageia o universo dos contos de fadas vem nos lembrar que as coisas, mesmo as mais preciosas, também chegam ao seu fim.


Ficha Técnica:

Na Floresta

Anthony Browne

Tradução de Clarice Duque Estrada

ISBN-13: 9788566642124

ISBN-10: 8566642120

Ano: 2014 

Páginas: 32

Idioma: português

Editora: Pequena Zahar


Perfil do livro no Skoob: https://www.skoob.com.br/na-floresta-372398ed420377.html

sexta-feira, fevereiro 11, 2022

Divertistórias pelos Centros Culturais




O que acha de visitar os Centros Culturais Municipais e aproveitar encontros de contação de histórias para todas as idades? 


Então, vem conferir a agenda do DIVERTISTÓRIAS! Um momento divertido e emocionante com narração de histórias diversas da tradição oral. Medo, humor, aventura e muito mais estarão na apresentação de Samuel Medina, composta por momentos lúdicos e poéticos de promoção da leitura.  


📚 Espia só e vem se divertir com a gente: ⬇ 

Centro Cultural São Geraldo: 12 de fevereiro, sábado, às 15h

Centro Cultural Jardim Guanabara: 17 de fevereiro, quinta-feira, às 15h 

Centro Cultural Vila Fátima: 19 de fevereiro, sábado, às 10h  

Centro Cultural São Bernardo: 24 de fevereiro, quinta-feira, às 15h  


💻 Informações no Portal Belo Horizonte: https://bit.ly/34f1TUk 


↔️ Mantenha o distanciamento⁣

🧼 Lave bem as mãos⁣

😷 Use máscara⁣

🖼️ Mantenha os ambientes arejados ⁣

@prefeiturabh

@portalbelohorizonte ⁣

#prefeiturabh #culturabh #belohorizonte #bhsurpreendente #visitebelohorizonte #livros #literatura #historias #contacaodehistorias #promocaodaleitura 

domingo, dezembro 05, 2021

Os príncipes sapos

Um exército de guerreiros sapos que lutam por um beijo para se tornarem novamente humanos. Infiltram-se em casas de bruxas, enfrentam feras mágicas e dragões, cavalgam lagartos que correm graciosos sobre as águas. O líder é Rabert, o mais galante, garboso e destemido sapo que qualquer brejo já viu!


sexta-feira, julho 09, 2021

Os 77 Melhores Contos de Grimm - Um voo pela fantasia


É inegável a contribuição que os irmãos Wilhelm e Jacob Grimm deram para o universo da literatura infantil. Com sua obra da extensão de toda uma vida, os dois pesquisadores da tradição oral recolheram diversas preciosidades da oralidade. O resultado de seu trabalho reverbera até hoje. Estando em domínio público, as narrativas contam com inúmeros recontos e adaptações, além de seleções e coleções diversas. Um desses projetos de seleção de contos é a bela obra em dois volumes Os 77 Melhores Contos de Grimm

Trata-se de uma seleção interessante e bem diversificada. São narrativas que falam de sorte, pureza e reviravoltas aventureiras. As abordagens e enredos variam, em algumas, temos a heroína injustiçada que ao final encontra o seu par no príncipe do reino. Outras mostram heróis que partem em busca do destino. Há inclusive aquelas dedicadas aos heróis simples mas bondosos, que acabam sendo agraciados pela sorte. 

Atravessar esse panorama tão diverso de narrativas foi uma jornada prazerosa. Senti falta, porém, de "A Madrinha Morte". Reconheci, contudo, diversos contos, que já havia lido. O reconhecimento é sempre bem-vindo, pois nele há um quê de pertencimento. Quando reconhecemos um conto, é como se reencontrássemos uma migo querido.

Sendo assim, a seleção de Os 77 Melhores Contos de Grimm acaba por trazer uma questão fundamental no universo da leitura e da literatura: a subjetividade. A qualidade de "melhor" para cada um desses 77 contos foi concedida por uma pessoa. Sendo assim, cada uma e cada um de nós pode também decidir e criar sua lista das "melhores histórias". Com isso, a pessoa terá consigo seus contos favoritos, aqueles que elegeu, contribuindo também para o legado dos Grimm com um olhar pessoal e muito próprio.

Esta minha reflexão, contudo, não expressa um incômodo, mas um fato. Sempre temos a liberdade de escolhermos as narrativas que mais nos tocam, que mais conversam conosco. Isso sem, contudo, deixar de aproveitar as escolhas de repertório que as outras pessoas tiveram. Conhecer Os 77 Melhores Contos de Grimm foi uma forma de entender essa maravilhosa obra dos irmãos Grimm por uma lente específica, o que me fez perceber narrativas que talvez ficariam perdidas, não fosse o trabalho dessa primorosa edição da Nova Fronteira.

Com histórias maravilhosas, narrativas humorísticas e contos de exemplo, Os 77 Melhores Contos de Grimm é um rasante maravilhoso por através do trabalho magnífico dos Grimm. É antes de tudo uma homenagem aos dois pesquisadores e um presente a nós, leitores.


Ps: um agradecimento eterno à Áurea Lana Leite, que compartilhou comigo este magnífico trabalho. 


Ficha Técnica:

Os 77 Melhores Contos de Grimm

Irmãos Grimm

Tradução de Íside M. Bonini

Ilustrações de Ramirez

Introdução e organização de Luciana Sandroni

ISBN-13: 9786556400815

ISBN-10: 6556400815

Ano: 2018 

Páginas: 640

Idioma: português

Editora: Nova Fronteira

Perfil do livro no Skoob: https://www.skoob.com.br/os-77-melhores-contos-de-grimm-793913ed11682267.html

quinta-feira, maio 06, 2021

Manhã Encantada e a celebração dos 30 anos da BPIJ


A Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de BH está com 30 anos. Três décadas de histórias, fantasia, livros, atividades, oficinas. Celebrando esse momento tão marcante, uma série de eventos online vão ocorrer. E eu estarei no próximo sábado, dia 8 de maio, em um desses eventos: Manhã Encantada. Estaremos no mesmo quadrado o Wander Ferreira e o Rodrigo Teixeira. Quem vai abrir a transmissão ao vivo será a Ana Paula Cantagalli, gerente da BPIJ.

Assim, fica o convite para quem quiser celebrar com a gente esse momento. Será às 10h, no canal do YouTube da Fundação Municipal de Cultura.



sexta-feira, abril 02, 2021

A Rainha da Neve - Histórias grandes e pequenas sobre amor e ternura


Uma menina que vai até o ponto mais gelado do mundo para salvar seu amigo de infância. Um casal apaixonado cuja história é recontada e revivida a partir de um sabugueiro. Uma gola que passa a se achar muito importante, só porque foi aparada por uma tesoura. Estes são alguns dos contos que fazem parte da coletânea A Rainha da Neve, o segundo volume de uma coleção da Livraria do Globo (que um dia iria se tornar Editora Globo).

A Rainha da Neve pega emprestado o título do primeiro conto deste volume. Dá para perceber o caráter fantástico dos contos, embora haja narrativas carregadas de um caráter de crítica social. Em A Rainha da Neve nós podemos perceber um tom esperançoso, luminoso nos contos que compõem este volume. Há também um tom de humor prosaico, ingênuo, em muitas das narrativas.

Neste volume, há alguns dos mais famosos contos de Andersen. Entre eles, "Os cisnes selvagens", que inspirou meu livro Patos Selvagens, "A pequena vendedora de fósforos", que nele recebe o título "A menina dos fósforos", "O soldadinho de chumbo" e finalmente "O rouxinol". É importante destacar também a primorosa ilustração desta obra. Os desenhos, lindamente feitos por Roswitha Wingen-Bitterlich acabam por conferir o tom mágico e maravilhoso ao conjunto da obra.
 

Ninguém pode negar a importância de Hans Christian Andersen para a literatura infantil mundial. Tanto que seu aniversário, dia 2 de abril, marca justamente a celebração internacional do livro infantil. Andersen, em seus contos, mostra profunda sensibilidade e imaginação. Outro ponto a se observar em muitas das obras de Andersen é o protagonismo feminino. Porém, muitas vezes estas protagonistas acabam por ser obrigadas a grandes sacrifícios e provações. Muitas delas fatais.

Aproveito para destacar que o motivo que me levou a escolher o segundo volume para começar a ler esta coleção foi puramente afetivo. Tenho uma memória antiga de um conto de minha tia Evelyn Medina, inspirado justamente no conto "A Rainha da Neve". Fui descobrir essa relação muitos anos depois. Porém, a imagem do espelho se estilhaçando e um pequeno fragmento entrando no coração de um menino foi forte o suficiente habitar minha imaginação por longos anos. Como muitas de minhas leituras, devo à Tia Beve a busca incessante de uma imagem descoberta em minha infância, finalmente encontrada por entre as páginas amarelecidas do livro A Rainha da Neve.

Feliz Dia Internacional do Livro Infantil.


Ficha Técnica

A Rainha da Neve

Hans Christian Andersen

Ilustrações de Roswitha Wingen-Bitterlich

Tradução de Pepita de Leão

Ano: 1959 

Páginas: 319

Idioma: português

Editora: Editora Globo


Perfil do livro no Skoob: https://www.skoob.com.br/a-rainha-da-neve-75132ed437388.html

quarta-feira, março 24, 2021

O precioso tesouro do príncipe encantado

Imagem de Andreas Fiedler por Pixabay

Como todo dia, o jovem e belo Príncipe acordou cedo. Vestiu sua armadura, colocou a capa e cingiu a espada. Montou em seu cavalo branco e cavalgou através do portão do castelo.

Atravessou campos verdejantes.

Subiu e desceu escarpas assustadoras.

Singrou desertos escaldantes.

Refrescou-se em oásis deslumbrantes.

Matou três dragões medonhos.

Salvou uma ou duas princesas lindíssimas. A primeira, adormecida. A segunda, presa em uma torre que ele escalou. Deixou cada uma delas em seus reinos de origem. Elas se despediram com suspiros e promessas de beijos.

Retornou pelos desertos, escarpas e campos.

Chegou, coberto de poeira e fuligem do fogo dos dragões, ao seu castelo. Adentrou os portões. Subiu as escadas da torre mais alta de seu castelo. 

O dia findava. O príncipe sentia um profundo alívio. A melhor parte do dia estava para chegar.

Entrou no único cômodo da torre mais alta do seu castelo. Trancou a porta. Retirou a capa, pendurou a espada e deixou a armadura num canto. Foi até a o parapeito da única janela. Pousou o cotovelo no parapeito e descansou o queixo, enquanto contemplava o belíssimo pôr-do-sol.

Para enfim, tranquilamente, tirar ouro do nariz.

sexta-feira, março 12, 2021

Comida de fada: A infância roubada a pequenas mordidas


Uma menina esperta e imaginativa recebe o convite para se divertir entre as fadas. Parece o início de uma aventura mágica e maravilhosa. Ninguém desconfiaria que, na verdade, essa é a abertura de um conto macabro. 

Comida de fada, obra de Val Armanelli, faz justamente esse movimento. Apresentando uma protagonista que tem tudo da criança precoce na imaginação, mas ainda cheia da fantasia da infância, trata-se de uma história em quadrinhos que vai mostrar como o mundo das fadas pode ser frio e assustador.

A leitura de Comida de fada foi extremamente perturbadora. Talvez fossem as cores alegres e fortes, ou a profusão de guloseimas, ou a insidiosa referência ao filme O labirinto do fauno. Talvez o conjunto de todas essas coisas e outras mais fossem sussurrando para mim que algo extremamente distorcido e errado acontecia, enquanto a heroína era constantemente aliciada pelas pequeninas fadas a comer os doces de uma mesa farta, ainda que a menina estivesse sem fome.

Outro ponto que achei marcante na obra de Val Armanelli é o silêncio ensurdecedor. Ainda que as fadas falem o tempo todo, ainda que a menina responda, há uma total impossibilidade de comunicação. Talvez uma referência à terrível solidão infantil. Afinal, uma criança vive em um mundo de gigantes, sempre mais fortes, sempre impondo suas vontades. Torna-se então uma fina ironia que sejam as fadas, quase invisíveis de tão pequenas, a constantemente impor suas vontades durante a narrativa.

Com cores de contrastes marcantes e um ar enganosamente encantado, Comida de fada é uma viagem estética que mostra como sonhar pode ser perigoso e assustador.



Para quem deseja conferir o trabalho de Val Armanelli, Comida de fada está na reta final de sua campanha de financiamento. Para conhecer um pouco mais - e contribuir - basta acessar a página da HQ no Catarse.


Ficha Técnica:

Comida de fada

Val Armanelli

Edição Independente

sexta-feira, fevereiro 19, 2021

As Mil e Uma Noites - Uma jornada de escuta e afeto



O afeto é algo poderoso. Desde o início desse distanciamento forçado, em que não nos foi possível realizar atividades presenciais, estivemos cultivando nossas relações através das conexões eletrônicas. Encerrados em nossas residências, por dias a fio sem colocar o pé fora de casa, passamos a usar as mídias sociais como forma de manter muitas de nossas relações interpessoais. 

Uma dessas iniciativas foi o grupo da Roda de Leitura da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de BH. Iniciativa do amigo Wander Ferreira, bibliotecário na BPIJ, os encontros virtuais começaram a acontecer semanalmente. Foi em um desses encontros que soube de uma preciosidade. Em um gesto de grande carinho e compromisso, minha amiga Áurea Lana Leite começou a ler As Mil e Uma Noites, na versão de Antoine Galland, para algumas pessoas, entre elas o próprio Wander e outra amiga, a Kátia Mourão. Ao ficar sabendo dessa notícia, pedi para participar.

Foi assim que teve início minha jornada por essa visão ocidentalizada de uma saga oriental. Digo isso porque Galland, renomado orientalista, fez uma tradução adaptada da obra islâmica, fazendo várias interferências no texto, que considerou violento e de moralidade questionável. Contudo, muito da beleza presente na obra original permaneceu na versão de Galland e foi por esses textos que eu viajei, através da voz da amiga Áurea.

Antes de tudo, preciso comentar da qualidade da voz da leitora. A cadência, o tom, o ar tranquilo, esses elementos auxiliaram na imersão da narrativa. Áurea foi uma narradora ímpar, como excelente contadora de histórias que é. Foi fundamental que a serenidade de sua voz fosse transmitida a nós, ouvintes. Senti-me acolhido por essa leitura. E não apenas isso. A cada novo dia, recebendo um novo áudio, percebia nesse gesto um enorme cuidado. 

E pela voz da Áurea pude literalmente viajar para longe do meu apartamento. Estive em vários pontos do oriente, desde a Bagdá de Haroun Al-Rachid, até os confins do mundo, em lugares mágicos e oníricos. Nessas histórias, pessoas comuns se misturavam a princesas e príncipes. A partir da narrativa de traição da antiga esposa de Shariar, Sherazade foi tecendo relatos de injustiças, jornadas de redenção, buscas pela riqueza e revezes do destino. 

Em um curso que fiz com a mestra Gislayne Matos, aprendi que Sherazade atua como uma grande mentora de Shariar, usando os contos como alegorias para que ele perceba a própria impiedade. E com esses olhos fui observando que de fato muitas mulheres são injustiçadas ao longo de tantas narrativas. E muitas delas reagem a essa injustiça com inteligência e habilidade. Assim, vamos aprendendo com as inúmeras personagens, com seus erros e acertos, sua humanidade.

Foram mais de 300 noites ouvindo com Áurea sobre tantas vidas e mortes. Alguém pode perguntar por que não foram 1001, como o título da obra anuncia. Em determinado momento, as noites pararam de ser contadas no texto. Assim, Áurea continuou a ler, contando as noites da leitura, desvinculadas das noites da narrativa. 

Algo que me incomodou bastante foi a visão pejorativa que o texto carrega contra África e o povo negro. São comentários que sempre colocam as pessoas negras em lugar de vilãs ou escravizadas. Ainda que seja reflexo de uma época e cultura, é importante problematizarmos essa faceta grave de um texto tão seminal.

Com diversas e maravilhosas histórias, As Mil e Uma Noites foi uma narrativa que me fez muito bem em um momento em que eu me sentia assustado e temeroso. A incerteza do mundo, as perversidades do presidente, as mortes sem sentido, tudo isso foi mitigado. Através da voz da Áurea, sentia-me acolhido e fui capaz de sonhar.


Ficha Técnica

As Mil e Uma Noites

Antoine Galland

ISBN-13: 9788520936870

ISBN-10: 8520936873

Ano: 2015 

Páginas: 1120

Idioma: português

Editora: Nova Fronteira


Perfil do livro no Skoob: https://www.skoob.com.br/as-mil-e-uma-noites-445456ed504724.html

sexta-feira, fevereiro 12, 2021

Histórias com Café - Aroma e sabor ao pé do ouvido


Quem é mineiro não dispensa um bom café. Aqui, nas terras de Minas, uma visita é sempre recebida com um cafezinho e, de preferência, acompanhado de um pão de queijo ou uma broa de fubá. Evidentemente, a combinação é mais que propícia para estimular uma boa prosa.

Foi nesse espírito que as contadoras de histórias Aline Cântia e Bárbara Amaral criaram o podcast "Histórias com Café". Surgido em 2020, no contexto adverso de distanciamentos forçados, isolamentos físicos e muito medo, veio como um respiro em meio a tanta angústia. As duas amigas se uniram para cultivar a Arte da Palavra com o que ela pode trazer de melhor: fazer sonhar e, ao mesmo tempo, refletir. A concepção contou também com a contribuição de Isabel Miranda. A produção é por conta do Chicó do Céu. 

Confesso que fui cativado por esse projeto mesmo antes de sua estreia. Em conversas com Aline e Bárbara, ao ser informado da iniciativa, fiquei logo ansioso para escutar. Afinal, há anos acompanho o trabalho delas. Tenho, inclusive, o privilégio de participar, com elas, do Coletivo Narradores. 

Muito se engana quem imaginar que apenas pela via do afeto e da familiaridade me tornei ouvinte desse podcast. Realmente, sou fã incondicional tanto da Aline quanto da Bárbara. Porém, ao acompanhar cada episódio que ia ao ar às terças-feiras, fiz um percurso pessoal de aprendizado e reflexão. Temas como o tempo, a solidão, o sagrado, o sonho, entre outros igualmente relevantes, são desfiados e analisados com muita sensibilidade. Cada episódio traz uma história que se liga ao tema de forma íntima, profunda e saborosa. O repertório atravessa diversas tradições e culturas, tendo como fonte figuras ilustres como Clarissa Pinkola Estés e Malba Tahan.

É importante ressaltar que em diversos episódios foram convidadas pessoas que enriqueceram ainda mais cada episódio, compartilhando histórias envolventes e refletindo sobre as mesmas. Também ressalto que a equipe de apoio desse projeto realiza um trabalho primoroso no aspecto técnico, com trilha sonora, identidade visual e divulgação nas mídias sociais.

Em 2020 foram 17 episódios. Se contarmos uma transmissão ao vivo pelo Instagram, chegaremos a 18 episódios repletos de sabedoria, afetos e muito, muito café. Nesta semana, dia 9 de fevereiro, tivemos o primeiro episódio de 2021, com o título Sobre Receber. A equipe cresceu, agora contando com as presenças de Ana Fonseca e Paula Libéria. E ao abordar esse tema tão importante, nossas amigas fazem questão de que as ouvintes a receber o que há de melhor em matéria de sensibilidade, cuidado e escuta.

Para escutar no Spotify:

https://open.spotify.com/show/3XyW13FNgxv5k8XEPxz0R7

Acompanhe os perfis nas mídias sociais:

https://instagram.com/historiascomcafe

https://facebook.com/podcasthistoriascomcafe

quarta-feira, janeiro 13, 2021

Vídeo: O mal do Lobo Mau - Cláudio Fragata e Luiz Maia



Um lobo doente e uma ovelha enfermeira. Isso só pode dar confusão. Acompanhe as peripécias do lobo adoentado. Será que ele sara ou não? E o que será da ovelha se ele resolver fazer uma refeição?


Ficha Técnica:


"O mal do Lobo Mau"

Claudio Fragata

Luiz Maia

ISBN-13: 9788538520269

ISBN-10: 8538520261

Ano: 2009 

Páginas: 24

Idioma: português

Editora: Positivo




Mais histórias e poesias em: http://www.oguardiaodehistorias.com.br/

quarta-feira, outubro 28, 2020

Deixa eu te Contar: Contos de Assombração


No próximo sábado, dia 31 de outubro de 2020, às 19h (18h em Manaus/AM), estarei em uma calorosa conversa com a amiga Soraia Magalhães, do blog Caçadores de Bibliotecas (www.cazadoresdebibliotecas.com), em uma live sobre contos de assombração. Parte do projeto "Deixa eu te Contar", a live terá a presença também de Carolina Brandão e acontecerá no perfil do Instagram do Projeto (@deixaeutecontar_am).

Trata-se de um curso de narração de história promovido pela Universidade do Estado do Amazonas. Assim, terei a oportunidade de conversar sobre a arte de narrar histórias, sobre bibliotecas, leitura, livros e sustos!

Conto com a audiência de todas as pessoas que acompanham meu trabalho. O momento será descontraído, com oportunidade de muita conversa. A melhor parte de um vídeo ao vivo é justamente a interação. Portanto, aguardo vocês!

Correção (29/10/2020): a mediadora será a Soraia Magalhães. A Carolina Brandão fará o papel de anfitriã, participando rapidamente.






sexta-feira, março 20, 2020

Vídeo: Os três soldados e a princesa nariguda - Irmãos Grimm

Era uma vez três soldados já velhos, que foram dispensados pelo rei sem nenhuma aposentadoria. Assim, eles tiveram que...

Quer saber o resto? Assista! Este conto está no livro "Contos maravilhosos infantis e domésticos", dos Irmãos Grimm. Editora Martins Fontes.

Feliz Dia do Contador de Histórias!

Histórias de todos os cantos!

quinta-feira, março 19, 2020

Dia do Contador de Histórias 2020

Dia 20 de março é celebrado o Dia do Contador de Histórias. Para não deixar passar batido em um momento em que o país precisa se recolher, nós estaremos contando histórias online, com a hastag #históriasdetodoscantos. Serão 24 horas de histórias. Assim, Quem quiser acompanhar pelo Facebook, basta acessar o link: https://www.facebook.com/Hist%C3%B3rias-de-todos-os-cantos-101286441515296.


Eu estarei em meu perfil do Instagram @neritosamedi contando uma história recolhida pelos Irmãos Grimm. Deixo o nome escondido, será uma surpresa...

Quem quiser me assistir, basta acessar meu Instagram às 7h da manhã. 

Até lá!

quarta-feira, março 11, 2020

Uma tarde celebrada com histórias e livros

O Centro Cultural Vila Santa Rita está realizando, entre 9 e 13 de março, o Vila Lê. Convidados para o evento, fomos contar histórias. O auditório estava lotado. Duas amigas, Jéssica e Daiane, estreavam  suas apresentações. Cada uma e cada um tínhamos nossos perfis de histórias e apresentações.

Ficamos com medo, sim. Inseguros, com toda certeza. Porém, diante da energia e disposição daquelas crianças de 4 e 5 anos, fomos tomados pela mesma força. Em sintonia, contamos nossas histórias, lemos livros e trocamos afetos.

Meus agradecimentos especiais à equipe do CCVSR pelo convite e confiança, em especial à Shirley e ao Mateus, que dividiram conosco o palco. E por falar em palco, saúdo Eva Martins, Daiane de Aquino Simão e a Jéssica da Mota Menezes. E, por último, o Rodrigo Teixeira, que uma criança perguntou se era meu irmão gêmeo.

Lembrando que o Vila Lê continua até sexta. Convido a todas e todos a acompanhar a programação, que está maravilhosa. 

Que continuemos a celebrar as histórias, os livros, as proximidades e afetos que a arte proporciona. Que estejamos sempre de mais dadas e sempre perto. Sempre.