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segunda-feira, fevereiro 12, 2024

Aprendiz da imperfeição - Alcançando o inalcançável



O menino busca em um velho pintor o mestre que precisa. O pintor reluta em aceitá-lo como aprendiz e, mesmo após fazê-lo, não lhe dá aulas, deixa apenas que o garoto cumpra tarefas domésticas e lixe as telas até ficarem lisas o bastante. Mas nunca é o bastante.

Um dia, o pintor ordena ao aprendiz que se ausente por um  certo tempo. Quando retorna, o garoto vê que o mestre terminou a obra da sua vida, uma tela perfeita, que atrai muitos admiradores. Mas a perfeição é insuportável para o velho mestre. Nem vendê-la ele consegue. Como seguir com sua vida, agora?

O livro Aprendiz da imperfeição, de Pieter van Oudheusden e Stefanie De Graef, carrega uma narrativa profunda que se constitui numa fábula sobre a enganosa busca pela perfeição, que é intangível. Não que essa busca não seja importante, mas o fundamental é o processo e não o resultado; o caminho e não o fim. 

É curioso que quando vai executar a obra-prima, o ancião manda o aprendiz se ausentar, como se fosse necessário que cada um buscasse seu próprio caminho de perfeição. Esse caminho não pode ser copiado, é íntimo e secreto. Sem questionar, o menino obedece. Outra questão interessante é o aprendizado pela observação. As lições tomadas pelo aprendiz foram longas e silenciosas caminhadas. Nelas, o mestre parava para contemplar e era também contemplado pelo aprendiz, que buscava capturar o olhar do velho pintor.

Por fim, ressalto que produzir a obra prima poderia ter causado um efeito no mestre de forma a concluyir que não haveria mais nada a ser feito. Po´rem, não é isso que o velho pintor quer. Ele não quer se aposentar, não quer descansar, não quer viver no luxo e na riqueza. Ele quer continuar procurando. E creio que sua conclusão foi que a busca pela imperfeição calculada, deliberada, é tão desafiadora quanto a busca pela tão alardeada perfeição.

Observei que foi escolhida a ilustração digital como técnica para os desenhos. Essa escolha a princípio me incomodou, mas então percebi que os desenhos dialogam como essa idiea de perfeição, com um elemento figurativo quase perfeito, mas cores brutas, marcantes. Não são desenhos com texturas suaves, mas cores chapadas, o que a proxima a ilustração da ideia de imperfeição. Há um certo diálogo estético com as ilustrações orientais antigas, mas como uma sutil referência.

Quanto à linguagem, o texto é leve, poético e repleto de pausas. É um texto maduro, difícil mas igualmente compensador. Senti-me comovido por vários momentos enquanto eu lia.

Talvez, entender a imperfeição como seu novo e verdadeiro ideal, o velho pintor tenha alcançado uma certa paz; uma paz que o fez ver para além da aparência. Ou não. Talvez o tenha percebido que a perfeição é mesmo insuportável e que escapar dela também pode ser uma dádiva.


Ficha Técnica

Aprendiz da imperfeição

Pieter van Oudheusden, Stefanie De Graef

Tradução de Cristiano Swiesele do Amaral

ISBN-13: 9788564974630

ISBN-10: 8564974630

Ano:2015 

Páginas:32 

Idioma: português

Editora: Pulo do Gato


Perfil do livro no Skoob: https://www.skoob.com.br/aprendiz-da-imperfeicao-575210ed576125.html

quinta-feira, janeiro 26, 2023

Quarta Edição da Feira Urucum

 



Está confirmada minha participação na quarta edição da Feira Urucum, realizada pela Editora Impressões de Minas. A realização será na Funarte (Rua Januária, 68, Centro).


Conto com as presenças de vocês!

sexta-feira, maio 22, 2020

Os Fantásticos Livros Voadores de Modesto Máximo - Para aqueles que ainda virão

Em um dos primeiros momentos do curso Infâncias e Leituras, tive a oportunidade de assistir mais uma vez ao filme Os Fantásticos Livros Voadores de Modesto Máximo (The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore). Já de início afirmo que sempre encaro com entusiasmo as oportunidades de assistir a esta animação, tão singela e preciosa, que não raro arranca lágrimas de meus olhos.

Este filme é um dos mais incríveis que já assisti. Foi maravilhoso poder vê-lo novamente. Trata-se de uma narrativa fantástica, com alto grau de simbolismo e que apresenta uma narrativa muito clara e bem amarrada. Nela, Modesto Máximo (Morris Lessmore) é arrancado de sua vida comum e de suas palavras por um desastre que desarrumar todo o seu mundo. Suas cores são perdidas, sua voz é silenciada, o livro que representa a sua vida perde as palavras e se torna vazio.
O que parecia não ter conserto logo se mostra repleto de possibilidades. Modesto encontra um livro que o leva a uma casa de livros. 

Enquanto trabalhei na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte, gostava de brincar com os livros como se estes fossem pássaros. Creio que eu tenha sido inspirado pelo filme. Ou talvez a analogia já estivesse em mim há mais tempo. O fato é que o filme usa dessa metáfora, ao mostrar os livros voando, com suas páginas abertas.

Apenas o livro da vida de Modesto Máximo não voa. 

A imagem dos diversos livros, de várias formas e tamanhos, adejando graciosamente é um espetáculo à parte. E justamente um desses livros passa a fazer o papel de companheiro de Modesto.

Não vou adiantar muita coisa do filme, pois acho que assisti-lo sem muitas informações preliminares, descobri-lo com um primeiro olhar é uma aventura ímpar a meu ver. Portanto, peço que só leiam os próximos parágrafos quem já tiver assistido ao filme.

Achei muito interessante que o livro que levou o protagonista para a casa dos livros não foi o mesmo que guiou a garotinha ao final da narrativa. Ou seja, cada um de nós tem o seu livro, aquele que podemos chamar de completamente nosso. O livro que nos apresenta aos demais, que nos encanta pela primeira vez. 

Também foi lindo observar que o senhor Modesto Máximo não foi embora sem antes deixar um pedaço de si, uma parte de sua história, ou toda a sua história. Seu livro agora havia ganhado vida, passando a ser mais uma das entidades encantadas que voavam pela casa dos livros. 

Da mesma maneira, somos convidados, pela leitura e pela escrita, a deixar nossas marcas, nossas pegadas através das palavras e traços, como nosso testemunho para aqueles que ainda virão.


domingo, maio 17, 2020

Vídeo: Pense em quantos anos foram necessários para chegarmos a este ano - Ana Martins Marques



Hoje declamo o poema de Ana Martins Marques presente em "O livro das semelhanças":

Pense em quantos anos foram necessários para chegarmos a este ano
quantas cidades para chegarmos a esta cidade
e quantas mães, todas mortas, até tua mãe
quantas línguas até que a língua fosse esta
e quantos verões até precisamente este verão
este em que nos encontramos neste sítio
exato
à beira de um mar rigorosamente igual
a única coisa que não muda porque muda sempre
quantas tardes e praias vazias foram necessárias para chegarmos ao vazio
desta praia nesta tarde
quantas palavras até esta palavra, esta


Mais histórias e poesias em: http://www.oguardiaodehistorias.com.br/

segunda-feira, maio 11, 2020

Para pensar os clássicos

Quem tem acompanhado os relatos e as reflexões que tenho postado aqui, é possível constatar que o curso Infâncias e Leituras é um espaço rico para muitos desdobramentos. 

Um dos temas abordados foi o conceito de clássico e o que ele representa na literatura. Como provocação, fomos convidados a assistir dois vídeos da escritora Marina Colasanti.

A partir das falas e provocações da escritora, pude observar alguns critérios que ela relaciona aos clássicos.

Creio que os critérios mais importantes dos clássicos são sua universalidade e atemporalidade. Na universalidade, as questões mais presentes na mente e na cultura humanas são abordadas e discutidas. Sendo assim, um clássico sempre será atual e sempre falará a pessoas de diverentes partes do globo terrestre.

Outro critério importante, creio eu, é a capacidade reflexiva. Um clássico não é feito para divertir, mas para despertar a reflexão daquele que o lê.

Sendo assim, os clássicos se destacam através do tempo por sua atemporalidade, ultrapassam fronteiras, por sua universalidade, e se mantêm vivos na mente das pessoas, por sua capacidade reflexiva.

quarta-feira, abril 15, 2020

Reflexões sobre leitores e leituras

Trabalho ativamente como mediador de leitura há quase dez anos. Existem duas dimensões quando falamos dessa mediação. A primeira, é a dimensão prática, o trabalho diário com os leitores. Já a segunda é a dimensão reflexiva. Pensar nossa atuação como mediadores é fundamental para o desenvolvimento de estratégias cada vez mais eficazes. 

Dessa forma, é importante refletir sobre o objeto de nossa atuação. O que a leitura representa para nós? Existe a conceituação acadêmica, mas para mim, a leitura também atravessa aspectos afetivos e identitários. Pensar a leitura também significa pensar em quem sou como pessoa.

Leitura vai muito além de decifrar um texto escrito. Há uma extensa discussão conceitual sobre isso. A meu ver, a leitura é a produção de sentido através da inferência e da interpretação de um texto, relacionando seus sentidos com a bagagem de conhecimento do leitor. 

Sendo assim, cada leitura é única, pois cada leitor também o é. Além disso, um texto pode ser uma sequência de sinais gráficos ou uma tela de cinema, ou uma melodia. Desta maneira, quanto maior nossa bagagem de conhecimento, maior a variedade de ferramentas para enriquecer os sentidos que produzimos ao ler.

É importante que cada leitor valorize e respeite sua trajetória pessoal. O pertencimento e a familiaridade são muito importantes para a construção de um ambiente rico de possibilidades. Acredito que cada experiência e trajetória são valiosas na composição de cada sujeito leitor. As memórias de infância e sua relação com a fabulação propiciam uma disposição para a leitura e para a experimentação de novas narrativas.

Como dito anteriormente, cada leitura é única. Ler um texto novamente se torna uma experiência diferente da leitura acontecida em sua primeira vez. A diversidade de leitores também proporciona a diversidade de leituras. Diante disso, cada mediador precisa manter uma postura de escuta ativa e acolhimento.

Como disse Antônio Cândido, todo ser humano necessita de fabulação. A leitura literária permite esse fenômeno, assim como outras linguagens artísticas. Na literatura, porém, o foro é mais íntimo. A imaginação é estimulada ao máximo. Na leitura literária, o leitor não apenas adquire vocabulário e conhecimento. Ele adquire experiência sinestésica e cultiva a empatia pela diferença.

Ainda parafraseando Antônio Cândido, se a literatura é uma necessidade básica, ela também é um direito inerente ao ser humano. Garantir a cada pessoa o acesso ao universo literário é garantir um mundo um pouco mais justo.

Por fim, o mediador precisa se apresentar como alguém acessível, empático, disposto a aprender com seu público, a construir junto uma trajetória de leitura. Ao mesmo tempo, ele precisa se comprometer com a pesquisa, com a busca por novos horizontes literários, de forma a apresentar ainda mais possibilidades a cada um de seus leitores.

Atualização de 25/04/2020 - Caso alguém tenha ficado em dúvida quanto ao termo "leitura literária", esclareço que se trata da leitura para além de seu aspecto puramente pragmático, não se resumindo apenas à decodificação de sinais linguísticos, mas também  um exercício estético de apreciação da literatura, devaneio da imaginação e da fruição poética.

terça-feira, fevereiro 11, 2020

Semana de Arte contra a Barbárie - BH

Programação


PROGRAMAÇÕES GRATUITAS E
SUJEITAS A PEQUENAS ALTERAÇÕES POSITIVAS♡

●Terça-Feira (11/2)●

○ PRAÇA 7 - Praça Sete de Setembro, s/n, Centro, Bhz.
☆11h - !!!ABERTURA!!! TODES CONTRA O FASCISMO E O DESMANCHE DA CULTURA COM A PRESENÇA DOS:
- artistas e militantes da cultura com poemas, performances e manifesto
- blocos carnavalescos
- forró dançante
- indígenas Awê e Toré: Kambiwá e Pataxó com ritual e denuncia
- “MANIFESTOS MODERNISTAS” - o ator Luciano Luppi interpreta trechos dos Manifestos Pau-Brasil e Antropofágico, a artista plástica Ivana Andrés desenha sobre um grande papel Kraft algumas obras de Tarsila do Amaral. O Público pode participar.

○ TEATRO DA CIDADE - R. da Bahia, 1341, Centro, Bhz.
☆Instalação do Coletivo Linhas do Horizonte
☆18h30 ås 19h - Apresentação musicaI, MakeIy Ka & Gustavo Souza
☆19h00 às 22h00 - Mesa-Redonda: Modernismo, Cultura e Integralismo no Brasil: em face do centenário modernista brasiIeiro. Mediação: TeIma Borges (FaE/UFMG)
Debatedores: Fábio BrasiIeiro (UnB); Eneida de Souza (FaIe/UFMG); Jacques Ievy (comunidade judaica de BH); Pedro PauIo Cava (Teatro da Cidade); VIadmir SafatIe (USP); MaKeIy Ka (música); Patrícia D Viso (artes pIásticas); Julia Calvo (Instituto Histórico IsraeIita Mineiro)  ; Representante da Academia Mineira de Letras.

○ CATAVENTO CULTURAL - R. Ozanam, 700, Ipiranga, Bhz.
☆19h às 19:30 Ilumiar

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●Quarta-feira (12/02)●

○ PRAÇA 7 - Praça Sete de Setembro, s/n, Centro, Bhz.
☆11h às 13h BordAção com o Coletivo Pontos de Luta: Nossa Arte Nossa Luta. ☆Intervenções e Mobilização dos Artistas contra a Barbárie

○ CASA SOCIALISTA - Território Marielle Franco, Av. Bernardo Monteiro, 60, Floresta, Bhz.
☆19h - TEATRO_Luiz Adelmo Gomide com cena de Hamlet Máquina
☆19h30 - Performance com a música cidadão de autoria de Zé Geraldo com a personagem Efigênia Anastácia Sebastião Raimundo (Uma participação de integrante do Fórum Intereligioso)
☆20h - leitura dramática do conto homoerótico, "Do sangue à graxa" por Hugo Bento

○ URSAL - Av. do Contorno, 3479, Santa Efigênia, Bhz.
☆17h às 18h - Sarau João Gabriel
☆18h30 às 19h30 - MÚSICA. Raah DJ e Cantora de Hip Hop Latino
Macunaíma:
☆18h às 19h30 MÚSICA. Carlos Valente
☆20h às 21h MÚSICA. Marcos Buraco

○ NO PALCO BEER LOUNGE - Rua Cícero Ferreira 99, Serra, Bhz.
☆19h MÚSICA. Fabiano Menezes
☆20h30 MÚSICA. Dom Preto

○ RUA TUPIS, 300, Centro, Bhz.
☆20h Projeção VERTICAL, A LIBERDADE NÃO PODE SER SIMULADA, frase de Rikrirt Tiravanija. 1961.

○ Déjà-VU SAPUCAÍ - R. Sapucaí, 499, Floresta, Bhz.
☆19h às 22h MUSICA. Batalha da NuTrilhar Convida Batalha do PV

○ CENTRO CULTURAL URUCUIA - R. W-3, 500, Pongelupe, Barreiro, Bhz.
☆O dia todo artes visuais. grafite com Harlen

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●Quinta-Feira (13/2)●

○ PRAÇA 7 - Praça Sete de Setembro, s/n, Centro, Bhz.
☆11h às 13h BordAção com o Coletivo Pontos de Luta: Nossa Arte Nossa Luta. Intervenções e Mobilização dos Artistas contra a Barbárie.
☆16h às 17h TEATRO. O ARRUACEIRO com o Palhaço Chouriço

○ HLPHONNYX: R. Desembargador Braulio, 713, Alto Vera Cruz, Bhz.
☆13h Música. Tiago Mello
☆18h. Cinema. WebSeriado É Golpe

○ CASA SOCIALISTA, Território Marielle Franco, Av. Bernardo Monteiro, 60, Floresta, Bhz.
☆14h30 às 20h30 Curso. Oficina de faixas com  letras e dimensões diversas (levarem régua, tesoura e lápis preto) Ministrada por Eliane Guedes (Elianinha) do Coletivo Alvorada.

○ CASA DO JORNALISTA - Av. Álvares Cabral, 400, Centro, Bhz.
☆16h às 22h Bazar
☆20h Maracatu de Baque Virado. Patangome Maracarte

○ DEJAVU SVS - R. Sergipe, 1395 - Funcionários, Bhz.
☆20h30 às 21h Musica. Lado Negro

○ CENTRO CULTURAL PADRE EUSTÁQUIO - FECOPE - R. Pará de Minas, 821, Padre Eustáquio, Bhz.
☆15h Oficina de Arte. Nub Mary

○ NO PALCO BEER LOUNGE - Rua Cícero Ferreira 99, Serra, Bhz.
☆Instalação .Coletivo Linhas do Horizonte Instalação: A mujeej pawereta pandat* Irmãos caminhando juntos
☆20h30 Literatura. Rafael Fares e Bruno Medeiros

○ Déjà-VU SANTA TEREZA - R. Mármore, 418, Santa Tereza, Bhz.
☆19h às 20h Música.Lucas Rasta e Ducs no Control
☆21h às 22h30 Música. Female Rockers

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●Sexta-Feira (14/02)●

○ PRAÇA 7 - Praça Sete de Setembro, s/n, Centro, Bhz.
☆11h às 13h BordAção com o Coletivo Pontos de Luta: Nossa Arte Nossa Luta. ☆Intervenções e Mobilização dos Artistas contra a Barbárie

○ CENTRO CULTURAL DA UFMG - Av. Santos Dumont, 174, Centro, Bhz.
☆20h às 21h TEATRO AntígonaS.
Grupo de Teatro Mulheres de Luta da Ocupação Carolina Maria de Jesus.
Uma releitura do mito grego. AntígonaS sempre reaparecem quando a lei se coloca ao lado da injustiça.
Direção de Cristina Tolentino. Texto; Gabriela Figueiredo e Pedro Kalil.

○ HLPHONNYX: R. Desembargador Braulio, 713, Alto Vera Cruz, Bhz.
☆13h Música. Tiago Mello
☆14h Contação de histórias. Marilda Veloso (40 minutos)
☆18h Cinema. Era o Hotel Cambridge (20 cadeiras)

○ CASA SOCIALISTA, Território marielle Fanco, Av. Bernardo Monteiro, 60, Floresta, Bhz.
☆19h às 21h "Lutas populares no Chile" Debate sobre as manifestações no Chile com exposição da arte de rua, cartazes, serigrafia e afins. Com Maíra Nascimento

○ CASA DO JORNALISTA - Av. Álvares Cabral, 400, Centro, Bhz.
☆19h às 21h MESA DE DEBATE: OS DESAFIOS ATUAIS CONTRA OS AVANÇOS DO FASCISMO. Palestrantes: José Luiz Quadros professor da PUC e da UFMG e Presidente da Rede Latino Americana para um Constitucionalismo Democrático;
Dimas Antônio de Souza. Professor de Ciência Política da PUC Minas. Angoleiro.
Thereza Portes professora Guinard UEMG.
Mediadores: Cascão e Flávia Brettas da Semana de Arte contra a Barbárie

○ NO PALCO BEER LOUNGE - Rua Cícero Ferreira 99, Serra, Bhz.
☆17h às 18h30 Musica. DJ ANDRE KÇA
☆19h às 20h Musica. Bruno Pessoa Hip Hop
☆20h às 21h30 Musica. Catopezera

○ TEATRO 171 - R. Cap. Bragança, 35, Santa Tereza, Bhz.
☆20h Teatro. A paixão de Tito

○ DEJAVU SVS - R. Sergipe, 1395 - Funcionários, Bhz.
☆19h30 às 20h30 Coletivo Sarau Resistência & Luz
☆21h às 23h Música. Trio Modus

○ Déjà-VU UNIÃO - R. Sapucaí, 499, Floresta, Bhz.
☆19h às 20h Música. Rosa Morta

○ CENTRO CULTURAL URUCUIA - R. W-3, 500, Pongelupe, Barreiro, Bhz.
☆14h Cinema. Filme “Hoje”
☆16h Música

○ CENTRO CULTURAL PADRE EUSTÁQUIO - FECOPE - R. Pará de Minas, 821, Padre Eustáquio, Bhz.
☆16:00 Música Autoral. Duzão Mortimer

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●Sábado (15/2)●

○ CENTRO CULTURAL DA UFMG - Av. Santos Dumont, 174, Centro, Bhz.
☆15h Leitura Dramática. Meus Lábios se Mexem” é um texto do cineasta e dramaturgo Jorge Furtado
Participam da Leitura os atores Cida Falabella, Ângela Mourão, Antônio Grassi, Eduardo Moreira e Bernardo Mata Machado com direção de Adyr Asssumpção.

○ CASA SOCIALISTA, Território Marielle Franco, Av. Bernardo Monteiro, 60, Floresta, Bhz.
☆Durante o dia. Coletivo Linhas do Horizonte com Instalação: A mujeej pawereta pandat*Irmãos caminhando juntos
☆14h30 às 15h CIRCO. CIA CIRCUNST NCIA. Espetáculo de palhaçes
☆18h Teatro. Monumento - estudo sobre legado. Cibele Maia
☆19h Performance. VABI MACHADO PERFORMANCE: "é muita coisa: 3 palavras para um micro ato".
☆19h30 PERFORMANCE. Com a música cidadão de autoria de Zé Geraldo com a personagem Efigênia Anastácia Sebastião Raimundo (FÓRUM INTER RELIGIOSO)
☆20h30 Leitura dramática. Michelle Ferreira com uma leitura dramática de fragmentos da trilogia "Memória do Fogo" de Eduardo Galeano

○ CENTRO CULTURAL PADRE EUSTÁQUIO - FECOPE - R. Pará de Minas, 821, Padre Eustáquio, Bhz.
☆13h Duelo de mc’s Samorra
☆14h30 Filme na biblioteca com roda de conversa.

○ PRAÇA DE SANTA TEREZA
☆10h30 TEATRO INFANTIL. " A alegria e a tristeza" que trata sobre bullyng,
para crianças de 6 a 12 anos. Com Fernanda Araújo e André Maurício

○ MACUNAÍMA EESPAÇO CULTURAL
☆19h as 20h Musica. THIAGO MOTTA  BANDA ZERO A ESQUERDA
☆20h às 21h30 Musica. BANDA BASTARDOS

○ NO PALCO BEER LOUNGE - Rua Cícero Ferreira 99, Serra, Bhz.
☆17h Literatura. Tatiane
☆17h30 Literatura. Paulo Miranda
☆18h Literatura. Romulo Garcia
☆19h às 20h Música. Luiz Rocha. Voz e Violão.
☆20h30 Musica. THAIS GODINHO BANDA MANACÁ

○ DEJAVU SVS - R. Sergipe, 1395 - Funcionários, Bhz.
☆19h30 Contação de história. Coletivo Encruzilhar
☆21h às 22h Música. Carline
22h a 00h Música. RAAH

○ Déjà-VU UNIÃO - R. Sapucaí, 499, Floresta, Bhz.
☆18h às 19h Música. Banda DiaFragma
☆20h às 21h Música. Banda Tiocapone

○ RUA TUPIS, 300, Centro, Bhz.
☆20h Projeção vertical da Semana de Arte contra a Barbárie

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●Domingo (16/2)●

○ SINPRO - R. Jaime Gomes, 198, Floresta, Bhz.
☆18h FILME: DEMOCRACIA EM VERTIGEM dirigido por Petra Costa

○ Déjà-VU UNIÃO - R. Sapucaí, 499, Floresta, Bhz.
☆17h Música. Boi do Além
☆19h Teatro. Cipó Cravo

○ DEJAVU SVS - R. Sergipe, 1395 - Funcionários, Bhz.
☆19h30 às 21h30 Música. Conhecimento Hip Hop: "Passando a Visão pá Trampá os Miolo"

○ NO PALCO BEER LOUNGE - Rua Cícero Ferreira 99, Serra, Bhz.
☆15h ARAUTOS DA POESIA. Formado por crianças e adolescentes de Sabará 
☆16h30 Música. Hyanna. Voz e violão
☆18h Música. Jhonatan
☆19h30 Música. Militani. Boi Luzeiro.

○ MATRIZ CENTRO CULTURAL - Rua dos Guajajaras, 1353, Barro Preto, Bhz.
☆16h Música. Conexão Banto
☆17h Música. Carol Nascimento
☆18h Música. Jony Medeiros
☆19h PERFORMANCE. Performance cênico-poética "Vida em branco"
☆19h15 Música. Wellisdarlem
☆20h15 Música. Sarau Resistência & Luz

○ POSTINHO DA PRAÇA ALASKA - Av. Dos Bandeirantes, 20, Sion
☆17h às 20h Música. Boca frôxa

○ ARMAZÉM DO CAMPO BH – MST – Av. Augusto de Lima 2136
☆12h Concentração do Bloco Pisa Ligeiro
☆14h Cortejo

○ CASA SOCIALISTA - Território Marielle Franco, Av. Bernardo Monteiro, 60, Floresta.
☆10h as 14h Bloco Sou Vermelho

○ TERRITÓRIO MARIELLE FRANCO - Av Bernardo Monteiro 52 com Contorno
☆14h BLOCO CIRCULADÔ - PARANGOLÉ - PERCUSSÃO CIRCULAR

○ URSAL - Av. do Contorno, 3479, Santa Efigênia, Bhz.
☆17 às 18h CORAL - Coro Bora Cantar Diversidade e Coro Em Canto
☆18h30 às 19h Música LUCCAS CARAZA
☆19h30 DJ ANDRÉ KBÇA
☆20h às 20h30 Dança. Natália
☆21h Música. DALMIR LOTT. VOZ E VIOLÃO

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●Segunda-feira (17/2)●

○ NO PALCO BEER LOUNGE - Rua Cícero Ferreira 99, Serra, Bhz.
☆15h Performance. LooP Records e DKda D'20
☆18h Dança. Companhia Girassol


○ CATAVENTO CULTURAL - R. Ozanam, 700, Ipiranga, Bhz.
☆20h30 Música. Sheila Oliva

○ CASA SOCIALISTA, Território Marielle Franco, Av. Bernardo Monteiro, 60, Floresta, Bhz.
☆Artesanato e adereços de carnaval para representatividade do corpo como um ato político, artesanato confeccionados à partir de reutilização de materiais diversos. O dia todo.


○ CENTRO CULTURAL PADRE EUSTÁQUIO - FECOPE - R. Pará de Minas, 821, Padre Eustáquio, Bhz.
☆17h Chorinho. Grupo de Choro Contra o Fascismo

○ CASA DE ANGOLA, Rua Riachuelo, 918, Padre Eustáquio, Bhz.
☆19h30 Contação de histórias. Maria Célia Nunes
☆20h30 Música. Lucilene Diolinda
☆20:45 Música. Trio Contra o Fascismo 

○ URSAL - Av. do Contorno, 3479, Santa Efigênia, Bhz.
☆17h Música. Zero de saldo
☆18h30 Contação de História e Poesia. Brenda Marques.
☆20h Música. Dom Preto. Voz e violão. 

○ ESCADARIA DA IGREJA SÃO JOSÉ
☆19h30 Coral da Marilu

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●Terça-feira (18/2)●

○ DEJAVU SVS - R. Sergipe, 1395 - Funcionários, Bhz.
☆19h30 Música. Dj Corisco
☆21h Música. Coletivo AYO

○ NO PALCO
☆19h30 PERFORMANCE DADAÍSTA. COLETIVO POESIA ORBITRAL
☆20h Robaldo de Oliveira Zenha. Leitura de poemas de própria autoria
☆21h Recital poético. Cristiano Ramos
☆21h30 Tereza Batista pronta pra guerra. Performance por Gercino Alves, inspirada em Jorge Amado

○ TEATRO DA CIDADE - R. da Bahia, 1341, Centro, Bhz.
☆20h ESQUECIDOS/RECORDADOS. Cia Marginal de Teatro


○ URSAL - Av. do Contorno, 3479, Santa Efigênia, Bhz.
☆17h Contação de História e Poesia. Grupo Literário Paulo Siuves.
☆18h Música. Yasmin Salin
☆18h30 Cinema. Adriane Muradas
☆19h30 Contação de História e Poesia. Maria Clara
☆20h Contação de História e Poesia. Kakaih Machado

○ CASA SOCIALISTA, Território Marielle Franco, Av. Bernardo Monteiro, 60, Floresta, Bhz.
☆Artesanato e adereços de carnaval para representatividade do corpo como um ato político,
artesanato confeccionados à partir de reutilização de materiais diversos. O dia todo.
☆19h CIA CANDONGAS. Leitura dramática de Sísifos, seguido de debate.
☆20h30 às 20h45 Teatro. Raquel Miranda. Sobre a vida das mulheres, utiliza a fala, corpo negro dançando o feminicidio diário.

○ SINPRO - R. Jaime Gomes, 198 - Floresta, Bhz.
☆18h às 20h Filme: DEMOCRACIA EM VERTIGEM. Direção: Petra Costa

○ CASA DO JORNALISTA - Av. Álvares Cabral, 400, Centro, Bhz.
☆18h Lançamento do livro “Telma”. Marcelo Dias Costa
☆19h Música. Selma Carvalho.
☆19h15 Roda de conversa. Arte & Resistência em tempos de Barbárie. Mediador: Gabriel Lopo (DCE UFMG)
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Acompanhe aqui: https://www.facebook.com/events/623656588396877/?active_tab=about

MANIFESTO DA SEMANA DE ARTE CONTRA A BARBÁRIE BH


Peço licença pra falar
Com você, povo brasileiro.
Não é história de pescador
É um alerta verdadeiro.
Estão tirando nossos direitos
de um jeito traiçoeiro.

Como você deve saber
nosso país tem constituição.
Nela estão nossos direitos
e não podemos abrir mão.
Somos iguais perante a lei
Independente de opinião.

Mas atenção para a arte,
pois a arte expressa tudo.
Sem censura ou licença,
a arte é que colore o mundo.
Por isso atacam a nós artistas,
Querem que fiquemos mudos.

Pela liberdade de expressão
Artigo 5º da constituição
Pela livre manifestação
Artigo 5º da constituição

Cada povo ou cidade,
minoria ou comunidade
é como um rio corrente,
que forma uma sociedade.
São variados tipos de arte
num mar de diversidade.

Arte e cultura andam juntas,
margens de um rio a correr.
Elas ajudam a fluir todo dia
As águas do nosso viver.
Ah, mas como elas incomodam
os Homens que tem poder.

Viva a arte e as artistas!
Cada um com o seu jeito.
Sons, imagens, corpos, rimas
Mas sem nenhum preconceito.
Trazem sonhos, realidades
Causar é nosso direito.

Arte é margem, horizonte,
alimento, direito, poesia.
Para toda a população
Pão e arte todo dia.
Ela é a nossa profissão!
Ela é a nossa rebeldia!

Pela diversidade religiosa
Artigo 5º da constituição
Pela liberdade amorosa
Artigo 5º da constituição

A arte é o céu estrelado
que nos inspira a seguir.
Também é roda e é motor,
ajuda o povo a construir.
Impulsiona a economia,
cria uma rede pra servir.

Não somos discursos eleitorais,
nem excludentes e elitistas.
Pedimos agora um basta,
A essa barbárie nazista!
Diga não ao governo do ódio,
não sejamos conformistas.

Trazem de volta a censura,
tentam calar nossa voz,
sucateiam a cultura,
num desmonte vil e atroz.
Porém corpos são poemas
Só se for por cima de nós!

Saudamos nossa liberdade,
agora o que conta é a vida.
Os direitos de cada cidadão
e que a arte seja repartida.
O direito à educação,
assim como a nossa comida.

Pela liberdade de expressão
Artigo 5º da constituição
Pela livre manifestação
Artigo 5º da constituição
Pela diversidade religiosa
Artigo 5º da constituição
Pela liberdade amorosa
Artigo 5º da constituição

Somos pelo Artigo 5° da Constituição Federal!
Lutamos contra o desmanche bárbaro da Cultura e da Educação!
Lutamos contra o avanço do fascismo e do ódio!
Lutamos pela diversidade e liberdade de expressão e manifestação!
Lutamos com alegria, amor e ousadia, Juntxs!

(Autoria coletiva)