https://pixabay.com/pt/users/pencilparker-7519217/ |
Ticli era uma criaturinha interessante. Habitante do complexo Z, da galáxia de Policleto, Ticli sempre sonhara sair de seu planetinha natal, Golonebe. Felizmente, sua sociedade já era suficientemente avançada para ter propulsores de tempoespaço, de forma que, quando a primeira viagem astral foi anunciada, Ticli foi um dos primeiros a se inscrever como voluntário da primeira missão espacial para fora do sistema interplanetário de Golonebe.
Como todo bom zirguiano, Ticli era extremamente otimista e decidido. Passou em todos os testes, cumpriu todas as exigências, fez todos os cursos necessários. Ao fim do processo seletivo, Ticli estava em primeiro lugar.
Apesar da tecnologia avançada e do uso de propulsores subatômcos, a tecnlologia espaçotemporal era ainda recente e os riscos, vários. Ticli seria o primeiro a fazer uma viagem tão audaciosa. A nave era minúscula e comportava apenas um tripulante.
A jornada foi inesquecível. Em seu diário de bordo, o pequeno zirguiano registrou as coisas maravilhosas que viu. Seus enormes, redondos e saltados olhos absorviam tudo com um misto de curiosidade e surpresa.
A nave era simples, quase não cabia o próprio Ticli. Em padrões humanos, ela parecia um cogumelo. No topo, a cabine do piloto.
Em Golonebe, há uma majestosa estátua de Ticli com sua nave. Ele é considerado um herói póstumo, pois jamais retornou. Como se adivinhassem os sentimentos do pequeno viajante espacial, os artistas que esculpiram sua estátua imprimiram em seu rosto de pedra o mesmo olhar de maravilhado assombro do aventureiro cósmico.