sexta-feira, setembro 30, 2022

Coluna Literária de Setembro aborda a literatura acessível para adultos


Estamos chegando ao final do Setembro Verde. Trata-se de uma estratégia para neste mês (e não apenas nele) lembrarmos da importância da acessibilidade para todas as pessoas. Para não deixar os livros para trás, a Coluna Literária traz o título Literatura na ponta dos dedos e aborda a temática de livros acessíveis. Além disso, traz o perfil do escritor Ricardo Água, que tem diversos livros publicados, sendo o primeiro escrito totalmente em Braille. Tive a alegria de poder assinar esse perfil.

A Coluna traz também duas resenhas de pessoas que atuam com acessibilidade em seu dia-a-dia, sendo estes Kátia Mourão, servidora na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de BH e Carlito de Sá, leitor do Setor Braille da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. A apresentação é assinada pelo coordenador da Casa do Baile, Cássio Campos, que também integra a Comissão de Acessibilidade da Fundação Municipal de Cultura.

Para acessar a Coluna Literária deste mês, basta clicar em: http://portalbelohorizonte.com.br/2022/blog/17a-coluna-literaria-literatura-na-ponta-dos-dedos.


quinta-feira, setembro 29, 2022

A cada semáforo vermelho

A cada semáforo vermelho

uma dádiva de tempo fracionado

para afastar a despedida.

No silêncio da espera,

nossas mãos se entrelaçam.

Para Pâmela Bastos Machado

quarta-feira, setembro 28, 2022

Fatale

Hoje quase morri de Lua.

Por entre rendas de nuvens

divisei sua claridade 

cor pérola.

Fiquei à espera

enquanto o vento

em vão

suplicava que o notasse.

Do limiar de prata

ela de súbito me olhou

como se me espreitasse 

de longe.

Seus raios frios me

Tocaram.

Escapei.

Mas desde então

ando mortalmente ferido.

terça-feira, setembro 27, 2022

Renovo

Para Pâmela Bastos Machado

A cada manhã, 

levo seus lábios

nos meus.

E com e sabor deles

crio forças para

atravessar mais um dia

Deserto

Sem você.

domingo, setembro 25, 2022

No meio

Ontem, quando cheguei à Biblioteca, fui tomar café com o Wander, e quando descia as escadas com ele, encontrei a Cida, chegando com o João, um menino de seis anos que já morou na proximidade do endereço do CRJ. Na rua. Hoje, Cida e João, felizmente, moram em uma casa.

Ele estava muito sorridente e me cumprimentou com efusiva alegria. Fomos para o espaço de literatura infantil e ficamos lendo alguns livros, todos escolhidos pelo próprio João. Em uma dessas leituras, havia o desenho de um menino apontando para o próprio umbigo. Logo abaixo da imagem, a palavra “umbigo” em caixa alta.

Ao ver a dificuldade do João de acertar o que a imagem queria dizer, perguntei, tentando ajudar:

“João, o que a gente tem no meio da barriga?” 

E ele:

“Tanquinho!”

7 de dezembro de 2017

sábado, setembro 24, 2022

Um convite

Para quem não sabe, sou escritor. Um dos gêneros que mais amo (sim, esta é a palavra) é a Literatura de Fantasia. Tanto que de vez em quando me aventuro em histórias de magia. Tenho uma narrativa longa em fase de construção. Está em meu blog, com 11 capítulos disponibilizados para a leitura. Pretendo disponibilizar tudo, à medida que vou escrevendo. 

O que mais me incentiva a escrever é justamente os comentários das pessoas. Esses comentários mostram que elas estão lendo. Tendo quem leia, sinto uma energia enorme para continuar a escrever.

Assim, convido a todas e todos que deem uma olhada nessa história. Chama-se "O Viajante Cinzento". Nela, misturei ao elemento de fantasia a presença macabra de zumbis. Espero, sinceramente, que as pessoas sintam-se curiosas para mergulhar nesse mundo mágico, assim como eu mergulhei, enquanto escrevia.

Quem conhecer um amigo que curte fantasia, sinta-se à vontade para mencioná-lo nos comentários ou para compartilhar o link em sua linha do tempo. Será um grande incentivo para mim! Obrigado!

sexta-feira, setembro 23, 2022

Como me provocas

Para Pâmela Bastos Machado

Teus cachos me lembram uvas maduras

Tua voz é um doce cicio 

Teu sorriso me faz pensar em uma cascata límpida.

Sou escravo de teu

Sinuoso caminhar.

Longe de ti, conto cada segundo para o

Reencontro.

Quando estarei mais uma vez

Vivo.

quinta-feira, setembro 22, 2022

Obstinado

Para Pâmela Machado

Fazer poesia para ela

Como

Se ela é poema 

Em suas curvas

Puro estilo 

O que diz

Se os traços dela 

Levam essa beleza bruta?

Ainda assim

Quando penso nela

Impossível não teimar

Mais uma vez.

quarta-feira, setembro 21, 2022

Microconto de Amor e de Morte

Um casal escolhe uma estrela para ser deles. O brilho parece cada vez mais forte. Até o dia em que é tarde demais: A estrela é na verdade um meteoro que destrói a Terra.

18 de agosto de 2018

terça-feira, setembro 20, 2022

Você

Para Pâmela Bastos Machado

Seu nome

É anagrama

Enigma

Pergunta 

que se responde

Seu nome

É suspiro

Em meu ouvido

Toque de lábios 

Em minha alma 

Mas quando 

Você está junto.

Pois sem você,

Seu nome é 

Sinônimo de

Saudade.

SAMEDI


sexta-feira, setembro 16, 2022

Rede Literária

Nos dias 3 e 4 de setembro, sábado e domingo, eu estive na Rede Literária, no MM Gerdau. A convite do Régis, da Casa dos Quadrinhos, participei no domingo de uma mesa sobre livro ilustrado. Nela, pude falar um pouco da trajetória que fiz para publicar Uma visita inesperada. Dividi a mesa com o Edu Sá. A conversa foi ótima, produtiva e esclarecedora.

A Rede Literária também providenciou um espaço para que os convidados pudessem expor suas obras. Muitos de nós, como eu, tínhamos material para vender. Dividi o estande com a amiga Val Armanelli. Pude vender um número razoável de livros. 

Foi sensacional conhecer outras pessoas que se dedicam à arte literária, bem como aos quadrinhos. Em especial, destaco o Emanoel Ferreira e o Jim Anotsu. O primeiro por prestigiar integralmente o evento e apoiar os colegas, comprando suas obras. O segundo por ser extremamente receptivo e simpático, sempre esbanjando simpatia. 

Queria mencionar as demais pessoas que conheci, mas tenho receio de deixar alguém passar sem ser nomeado. 

Enfim, foi um final de semana produtivo e muito rico. Uma experiência que desejo repetir sempre que puder.




quinta-feira, setembro 15, 2022

Mágoa

E de repente 

vi-me sozinho no escuro 

Os sonhos apagados 

O sorriso roubado do rosto 

Inseguro e perdido 

como o último vivente 

do mundo.

E de repente 

senti a garganta apertar. 

Estava seca, lágrima alguma 

havia que pudesse 

aplacar

minha mágoa.

domingo, setembro 11, 2022

Quem


Quem 

nos livrará 

do fogo 

que arde dentro 

de nós 

mesmos?

Quem 

nos livrará 

desse fogo 

que nos consome 

por dentro?

sábado, setembro 10, 2022

Resgatando limeriques

Um juiz e um procurador

Se juntaram sem nenhum pudor

E fizeram conchavo

Combinaram agravo 

Pra prenderem um Certo senhor!


Vazou como um chafariz

A verdade sobre o juiz

Que agora é ministro

Isso é muito sinistro

Agiu muito errado o juiz! 


Para fazer o povo infeliz

Agiu muito errado o juiz

Prendeu o Presidente

Que era inocente

Tem que ser preso esse juiz!

19 de junho de 2019


No avião presidencial

Agora é coisa banal

Transportarem pó

Puxa, vejam só

E só o sargento se deu mal!

27 de junho de 2019


Bolsonaro pensa que é patrão

Acha que manda em tudo, mas não

Ele é pau mandado

Do empresariado

A elite puxa seu cordão!

14 de julho de 2019




sexta-feira, setembro 09, 2022

Fases

A lua minguante 

é o gancho 

que costura nossas almas 

em uma.

A lua crescente 

é uma fresta 

entreaberta. 

Além dela, 

a sua silhueta.

A lua nova 

é a lembrança 

da sua falta.

E a cheia 

é o chamado. 

A marca do nosso Amor.

É quando eu me levanto 

e uivo a cantiga 

que só 

nossos corações 

conhecem.

quinta-feira, setembro 08, 2022

Ode a uma ausência

Para Vivaldina Nascimento, em memória

Hoje o escuro da noite

Veio me dizer o que 

já sabia

mas teimava em negar.

Ela se foi para sempre.

O destino, esse cruel capataz,

tomou-me todos os instantes

que eu desejava estar com ela.

Fora os momentos que a distância,

outra cruel algoz,

já me havia negado.

Um adeus 

Nunca é o bastante.

Sempre queremos um pouco mais

Daqueles que sempre serão

parte de nós.

quarta-feira, setembro 07, 2022

Por que conto histórias

Conto histórias 

para ser ouvido.

Conto histórias

Para aprender a ouvir.

Conto histórias 

para ter voz.

Conto histórias

Para dar voz 

a outras

Diversas

Pessoas.

Conto histórias

Para ir

Devagar...

Conto histórias

Para

Divagar...

Conto histórias 

para amar e 

ser amado.

Conto histórias 

para viver 

mais.

Conto histórias 

para 

guardá-las 

em mim.

Diria enfim 

que conto histórias 

porque 

elas me alimentam. 

Conto para ser feliz.

Para

simplesmente

ser.

terça-feira, setembro 06, 2022

"Aurora" é uma obra fantástica que explora universo de games


Aurora
de Samuel Medina é o novo lançamento de fantasia da Letramento. A obra fantástica conta a história de Arthur e seus dois amigos, Mauro e Wedge, que eram adolescentes normais com

problemas normais até que um dia zeram um jogo de computador.

Em vez de uma mensagem tosca informando que haviam concluído o jogo, eles acabam testemunhando um espiral de experiências oníricas surpreendentes, enquanto o mundo ao seu redor se desintegra.

Em Aurora, acompanhando o narrador, Arthur, em sua jornada de descobertas e mistérios, o leitor será convidado a testemunhar essas transformações, enquanto um enigma ainda maior se descortina. A cada nova experiência, uma grande verdade será revelada. Conseguirá Arthur contar sua história?

Aurora é um livro que atua como uma metáfora sobre essa transformação radical que é a adolescência, fase em que parece que o mundo inteiro está em colapso. Como enfrentar a solidão dessa transformação? Haverá algum jeito?

A publicação foi possível graças à seleção pelo programa "Temporada de Originais", da Editora Letramento(@editoraletramento), que tem como objetivo viabilizar os trabalhos de novos autores de forma acessível. A

obra está disponível em pré-venda do site do Grupo Editorial Letramento

(https://www.editoraletramento.com.br/produto/aurora.html).

segunda-feira, setembro 05, 2022

Hoje a vida



Hoje a vida 

me cavalgou. 

Foi de supetão. 

O mundo 

me fez 

de bicicleta, 

montou-me 

e saiu por aí 

a pedalar.