Bem, pessoal, sei que tenho negligenciado um pouco este espaço. Ainda que não seja o único motivo, a divulgação do meu livro
O Medalhão e a Adaga tem tomado praticamente todo o tempo livre. Além disso, tenho relacionamentos a cultivar, com a namorada, com os amigos e a família. Infelizmente, escrever acaba sendo uma atividade relegada a segundo plano.
Contudo, quero que fique bem claro que a escrita continua sendo minha grande paixão e um objetivo que persigo continuamente. Assim, embora eu não atualize este espaço com a frequência que desejo, continuo exercitando minha escrita de outras maneiras. Inclusive na divulgação do livro. Além disso, tenho trabalhado em outro projeto literário. Trata-se de um livro infanto-juvenil que está em fase de revisão. Busquei falar pouco desse projeto para não acumular expectativas, tanto em mim quanto nos leitores. Dessa forma, quando a publicação tiver data certa, terei o prazer de divulgar aos quatro ventos.
Mesmo que eu tenha buscado exercer a escrita, algo me incomoda há tempos. Quando li a resenha que a Fernanda Reis fez do meu livro, constatei que ela começava o texto comentando um pouco sobre uma narrativa que tenho aqui no blog,
O Viajante Cinzento. Senti um pouco de culpa por ter abandonado a história, principalmente quando esta caminhava para o seu desfecho.
Abandonei O Viajante Cinzento porque, levando-se em consideração de que o enredo já se encontra na segunda parte do capítulo 9, não há sequer um comentário na última postagem, datada de 30 de setembro de 2013. Ninguém lamentou a descontinuidade ou cobrou por uma atualização. Houve apenas silêncio.
Além disso, tenho encarado altos e baixos na divulgação de O Medalhão e a Adaga. O último tombo foi ontem, dia 3 de maio de 2014, quando procurei realizar uma sessão relâmpago de autógrafos. Essa atividade é iniciativa da campanha Leitores Inquietos. Permaneci durante uma hora na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, com exemplares para vender. Cada comprador ganharia também um DVD com episódios de animes. Além disso, a primeira pessoa que se aproximasse e dissesse bem alto "sou um leitor inquieto" ganharia na hora um exemplar do livro Mentes Inquietas, da Editora Andross. Fiquei entre 14h e 15h aguardando algum interessado, mas não houve sequer um leitor.
Esse "tombo" me fez ponderar. De fato eu amo escrever, vivo da escrita. Digo isso em um aspecto mais figurado, pois embora eu viva da literatura, não é a minha literatura que me sustenta financeiramente, mas a dos outros, dos autores consagrados em editoras, bibliotecas e universidades. Quando afirmo que vivo da escrita, é porque não há como continuar vivendo sem poder escrever.
Essa necessidade tem um outro lado. Eu escrevo para mim, mas também para o outro. Ser lido também me alimenta espiritualmente.
Por isso, decidi aplicar meu compromisso com a escrita também na continuidade do projeto
O Viajante Cinzento. Vou retomar o enredo desta narrativa para concluí-la. Porém, resolvi criar algumas condições para esse projeto. Trata-se de um exercício pleno de escrita, um laboratório de ficção. Então, seu principal motor serão os leitores. Quero estimular os leitores a estimularem minha escrita. E esse estímulo funcionará com pequenas condições que irão surgindo a cada nova postagem. A primeira condição que deixo aqui é a de que para dar continuidade na narrativa, o post
A Cidadela - Parte II de IV deverá ter ao menos um comentário novo. Somente assim continuarei contando as peripécias de Seridath e seus amigos.
Sei que essa decisão parece um pouco radical. Ela, porém, traduz todo esse desejo de que as histórias servem para ser contadas e um contador de histórias só existe se tiver ouvintes.
Conto portanto com a ajuda dos leitores do blog para dar continuidade a esse projeto pelo qual tenho tanta estima.