Em uma página rasgada
Havia uma lágrima escondida
e, sem saber,
as memórias perdidas
de um jovem poeta.
Suja, amassada, num beco escuro
a lágrima morta permanecia,
suas marcas deixadas
no papel, como um borrão escuro,
parte da sombra
ou a sombra da sombra
daquela vida sombria
daquela noite sem lua
sem estrelas
sem janelas, varandas ou serenatas.
Somente aquele beco escuro e frio
permanecia na solidão
com aquela lágrima já seca
que, em sua morte, apenas deixara um borrão
e no papel, as palavras nem mais se entendiam
pois seu sentido se perdera na noite
junto com a esperança do poeta.
Sabe aquela história perdida, que pode estar no livro guardado na estante mais escondida da Biblioteca, ou da locadora de vídeo, da plataforma de "streaming", ou até mesmo numa página obscura da Internet; aquela história que, quando você a conhecer, fará toda a diferença em sua vida? Enquanto não chega o dia de encontrá-la, espero poder guardá-la para você.
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