quarta-feira, março 24, 2021

O precioso tesouro do príncipe encantado

Imagem de Andreas Fiedler por Pixabay

Como todo dia, o jovem e belo Príncipe acordou cedo. Vestiu sua armadura, colocou a capa e cingiu a espada. Montou em seu cavalo branco e cavalgou através do portão do castelo.

Atravessou campos verdejantes.

Subiu e desceu escarpas assustadoras.

Singrou desertos escaldantes.

Refrescou-se em oásis deslumbrantes.

Matou três dragões medonhos.

Salvou uma ou duas princesas lindíssimas. A primeira, adormecida. A segunda, presa em uma torre que ele escalou. Deixou cada uma delas em seus reinos de origem. Elas se despediram com suspiros e promessas de beijos.

Retornou pelos desertos, escarpas e campos.

Chegou, coberto de poeira e fuligem do fogo dos dragões, ao seu castelo. Adentrou os portões. Subiu as escadas da torre mais alta de seu castelo. 

O dia findava. O príncipe sentia um profundo alívio. A melhor parte do dia estava para chegar.

Entrou no único cômodo da torre mais alta do seu castelo. Trancou a porta. Retirou a capa, pendurou a espada e deixou a armadura num canto. Foi até a o parapeito da única janela. Pousou o cotovelo no parapeito e descansou o queixo, enquanto contemplava o belíssimo pôr-do-sol.

Para enfim, tranquilamente, tirar ouro do nariz.

2 comentários:

  1. Eu A-DO-REI esse conto. hahahahahaha

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    1. Que bom que você gostou, Pam. E por acaso esse conto te lembra alguém em especial? Hein? Beijo!

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