Reflexo louco das horas mortas
poesia maldita pérfida e torta
navalha cega qual frio corta
o peito insone por trás das portas
Cálido vento vindo de terras
há muito já mortas a apodrecer
Inóspito sítio repleto de feras
nascidas do próprio anoitecer
A bruma é a forma de um grito nascido
Do sol que agoniza ao fim da tarde
Mesclado ao forte e intenso bramido
de um mar furioso que em fogo arde
O grito é silêncio dentro em meu peito
falar eu não posso ainda que tento
dessa dor aguda ferida sem jeito
A sina que assina todo meu tormento
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