segunda-feira, junho 17, 2019

Outra poética

Na falta de palavras novas,
reinvento as antigas.
Nada mudou, sequer uma vírgula.
Apenas meu olhar quer ser outro.
O tempo é minha única moeda
e nem assim posso usá-lo.
Cunhado estou por ele
como um ser de barro,
caviloso
imperfeito.
E ainda assim
tento completar os sentidos
que sequer compreendo muito bem.
Quem sabe, um dia,
alguém descubra algo que eu disse
e não sabia.

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