Fome de gozo
Me evapora.
Sou etéreo, imaterial,
Transcendo
A urgência da carne.
Até que lábios vivos
Úmidos
Me tomem de assalto.
Nesse olhar enviesado
Perco toda a substância
É um sorriso inteiro
Escondido
Numa promessa de desejo.
Foi-se a pretensão à transcendência,
Foi-se a linguagem, suplantada.
Não mais é preciso ser etéreo.
E ainda assim já me basta
A promessa.
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