sexta-feira, outubro 07, 2011

Uma narradora incomum


Que tal um encontro íntimo com a Morte? Calma! Não precisa ficar assustado. Estou falando de A menina que roubava livros, romance de Markus Zusak, escritor australiano. 

A narrativa, que ocorre em plena Alemanha Nazista, acompanha a comovente história de Liesel Meminger, uma garotinha órfã que é adotada por um casal de meia-idade. E para contar essa história, ninguém mais do que a própria Morte. 

“Aquela que ninguém quer ver” havia se encontrado com Liesel por três vezes. E por três vezes a sagaz e espirituosa funcionária do “outro lado” surpreende-se com a garota. Na terceira, um livro cai das mãos da menina, chamada pela narradora de “roubadora de livros”. Esse livro perdido é na verdade um diário, onde Liesel expressa seus pensamentos, gerados por uma verdadeira fascinação pela palavra. A Morte resgata o livro, resgatando também as vivas experiências da Heroína.

A narrativa acompanha bem de perto os passos da garota em seu crescimento, que ocorre em plena Segunda Guerra. E esse singelo trecho da vida de Liesel, naquele período tão conturbado, é uma sucessão de alegrias e dores, capazes de comover até mesmo a ilustre narradora.

A menina que roubava livros é uma obra que fala da força das palavras em uma época em que os discursos e as ideologias levaram multidões à loucura. Mas também fala de como essas mesmas palavras podem ser a ponte a aproximar pessoas criando mundos de encantamento e beleza.


Ficha técnica
Título: A menina que roubava livros
Autor: Markus Zusak
Edição: 1
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788598078175
Ano: 2007
Páginas: 480

8 comentários:

  1. Oi Samuel!

    Amei esse livro! Não esperava muito dele, porque já tinha ouvido falar que era meio parado. Mas a verdade é que li rápido e devorei cada página. Você já deve ter visto, mas fiz resenha dele também. Não está muito boa, porque foi uma das primeiras, mas tenho um supercarinho por ela.
    Eu li o seu último comentário, e já respondi de novo, lá no meu blog mesmo. Dessa vez a resposta foi, porque eu já vi.

    Beijos!

    ResponderExcluir
  2. Lindo, esse livro. Mas ainda acho que a morte nunca se surpreenderia ou se emocionaria com um ser humano...

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. Diziam que o livro é lindo, muito bem escrito, a narrativa é otima, mas naum deu pra mim....levei tempo, desisti e vendi.


    bjao

    ResponderExcluir
  5. Já me falaram tanto desse livro que eu realmente não esperava uma resenha com a sua que foi a mais esclarecedora de todas. Ninguém conseguia expressar porque o livro era tão bom, ao contrário de você que soube como cutucar a curiosidade que habita dentro de mim. Mas é mais um livro que vai ter que esperar a época das vacas gordas ;)

    ResponderExcluir
  6. Eu adorei esse livro. Li sem parar, ávida para chegar ao fim. Lindo, emocionante. E o curioso é que ele me foi sugerido por uma vendedora ambulante. Enquanto eu olhava a mercadoria, ela não parava de ler. Ao final da compra ela me contou o quanto era bom. Fiquei curiosa e comprei. :)

    ResponderExcluir
  7. Oi Nádia, puxa que história legal! Eu adoro conhecer livros através de outras pessoas. O Teixeira, por exemplo, já me passou um monte! Ah, e as dicas da Fernanda e da Fefa sempre me fazem aumentar minha lista de leitura.

    Abraço!

    ResponderExcluir
  8. Infelizmente ainda não pude ler esse livro. Ouço falar bastante nele e me dá uma curiosidade sem tamanho. Li alguns capítulos e me apaixonei. Vivo na ansiedade para terminar de lê-lo. Quem sabe nas férias da faculdade...

    ResponderExcluir