quinta-feira, julho 13, 2017

Um patrão chamado mercado

De repente, você descobre que terá que trabalhar mais anos até se aposentar. E que terá que trabalhar mais horas por semana. E que se o seu patrão quiser parcelar suas férias, quem é você para dizer "não"? E se ele quiser demitir você e contratar como "intermitente", melhor do que ficar sem trabalho. E se quiser te demitir e contratar como terceirizado, idem.
E descobre que os caras que decidiram isso supostamente trabalham para você. E que eles recebem todo o tipo de adicional e auxílio. E tiram férias duas vezes ao ano. E uma penca de recessos (folgas) o ano todo.
E de repente você descobre que sabia que isso tudo ia acontecer. Só que você não esteve parado. Você foi pra rua, protestou, fez greve, gritou "não passarão" e "fora temer"! Você não foi omisso. Você mandou e-mails para os políticos, votou na enquete do senado, reclamou com todo mundo. Em vão. Eles decidiram contra você. Na prática, seu voto é de fachada. Quem decide tudo mesmo é o tal mercado.

Mais uma ciranda de encanto e histórias

Na manhã do dia 20 de junho, terça, estive na Escola Municipal Rui da Costa Val. Fazia tempos que eu conversava com a coordenação da escola para uma apresentação. Chegamos a marcar uma data, mas esta teve que ser adiada. 
Então, finalmente, lá estava eu para falar a um grupo enorme, num gigantesco círculo formado na quadra da escola. Ao ver tanta gente, fiquei um pouco apreensivo, como é normal acontecer, mas logo passei a olhar nos olhos das pessoas que lá estavam, e isso me acalmou, além de ter me dado uma dose maior de confiança.
Falei um pouco do meu trabalho na Biblioteca, como sempre faço. Convidei todo mundo a depois conhecer esse lugar tão importante para mim. Depois, tratei de dar voz às histórias.
O formato em ciranda foi feliz, já que o círculo sempre tem algo de mágico e poderoso. Era como se a energia das histórias passasse de pessoa em pessoa, nesse circuito humano. A roda leva em si esse espírito cíclico e infindável das narrativas orais. Nela, retomamos um costume dos mais antigos, quando nossos ancestrais se reuniam ao redor de uma fogueira, para espantar o frio, a fome, o medo.
Contei histórias que amo, deixando um pouco desse amor com as pessoas que lá estavam. Contei de heróis diferentes, com suas missões e buscas tão peculiares.
Ao final, cada vez que uma criança me cumprimentava, sentia essa energia que transmiti voltar para mim, renovada. Senti que era, mais uma vez, especial. Além disso, o caminho para a escola pintou em minha mente, com cores novas, lembranças quase apagadas. Ir ao Jardim Felicidade, bairro onde fica a escola, foi como um singelo retorno a um tempo já distante. Tempo de amizade, afeto e cumplicidade.

sexta-feira, julho 07, 2017

Vídeo: O filho mudo do fazendeiro

Olá a todas! Segue o vídeo de uma nova leitura, finalmente! Tive muito prazer em ler essa história, a última do livro No meio da noite escura tem um pé de maravilha. Espero que curtam tanto quanto eu curti!



terça-feira, julho 04, 2017

Voltando ao lugar do encanto


Faz tempo que desejava compartilhar este relato. No dia 12 de junho retornei à Escola Municipal Alessandra Salum Cadar, agora na parte da manhã, para contar histórias. Estava apreensivo, como normalmente acontece, mas novamente fui agraciado pela receptividade das crianças, carinhosas e cheias de simplicidade. Mais uma vez os heróis bem diferentes fizeram das suas estripulias, o bolinho sempre querendo fugir, os animais querendo desvendar o grande mistério da "coisa" e o mais especial dos heróis, um cocozinho humilde que tem como maior desejo ter amigos. E o Quibungo mais uma vez apareceu para dar uns sustos!
Um momento incrível que tivemos foi quando eu me tornei espectador e as crianças deram um show, apresentando histórias da Coca e da Rosa Juvenil. Fiquei simplesmente encantado!
Mais uma vez agradeço a toda equipe da Escola Municipal Alessandra Salum Cadar, especialmente à bibliotecária Laura e à coordenadora Cláudia.