Um gato culto e bem educado tem complicações adiante. Agora, seu maior problema é justamente ser xadrez!
Era outra vez um gato xadrez
Letícia Wierzchowski
Virgílio Neves
Galerinha Record
Descrição: Em fundo roxo, retângulo xadrez, preto e branco, com gato de perfil esquerdo no canto inferior direito. Ele é branco com quadriculados pretos perto do pescoço e da barriga e um quadrado maior no olho esquerdo.
Blog do escritor e contador de histórias Samuel Medina. Aqui você encontrará resenhas de livros, contos, crônicas, relatos de experiência e poemas. Além de informações sobre meus livros.
segunda-feira, março 27, 2017
domingo, março 26, 2017
Trilogia da Fundação - Um surpreendente mergulho em nosso possível futuro
Não costumo fazer resenhas de trilogias ou séries literárias, mas de obras individuais, principalmente por não ter a intenção de ser um blog analítico, nem de crítica acadêmica. Além disso, uma resenha conjunta, a meu ver, não é tão legal. Acho que cada obra tem sua especificidade, como se fosse um indivíduo único.
Assim, foi com certa relutância que decidi escrever esta resenha. Porém, como faz um tempo que não publico alguma, e como só publiquei uma este ano, resolvi juntar esses motivos para fazer um três em um.
Tudo bem que talvez seja muita pretensão de minha parte fazer comentários sobre um dos trabalhos mais impressionantes do Guru da ficção científica, Isaac Asimov. Mas é assim mesmo que a gente aprende.
A trilogia começa com o livro Fundação mostrando - com o perdão do trocadilho - os fundamentos dessa saga cósmica. Um jovem matemático é convidado a trabalhar na Universidade de Trantor, capital do Império Galáctico, a milhares de anos em nosso futuro. Lá ele conhece Hari Seldon, o fundador de uma estranha ciência chamada Psico-História. Segundo esta, seria possível prever o futuro de uma civilização através de fórmulas matemáticas. Sendo assim, foi previsto o declínio do Império e sua inevitável queda, seguida de trinta mil anos de barbárie.
Para atenuar os efeitos dessa crise e encurtar esses trinta mil anos em apenas mil, Seldon cria uma fundação de cientistas que deveriam tratar de todo o conhecimento do Império e guardá-lo em uma inédita enciclopédia, para quando um novo império surgisse.
A princípio, este é o objetivo da Fundação, estabelecida no planeta Terminus, na periferia mais obscura e distante da galáxia. Há, porém, um objetivo oculto e impressionante, que será revelado gradativamente, à medida que o Império se degenera e a periferia se torna cada vez mais instável e perigosa, com o surgimento de governos planetários belicistas.
Sei que a importância de uma obra pode interferir em sua leitura, de forma a causar uma expectativa que pode ser frustrante. Não foi esse o caso. O texto de Asimov é equilibrado e fluido, muito agradável. Além disso, seus personagens são cativantes, embora o tempo que o leitor passe com eles seja relativamente curto. Afinal, a trilogia cobre um período de mais de trezentos anos em que crises e reviravoltas acontecem.
É importante destacar, também, como Asimov tem uma incrível visão estratégica, dando ao leitor a impressão de que ele está fazendo um zoom sobre um indivíduo específico, depois de um espetacular panorama.
É interessante observar certos anacronismos. Afinal, Asimov não é um profeta, a ponto de prever as mudanças sociais que ocorreriam nas três últimas décadas. É possível notar também certo sexismo no desenrolar da trama, tendo as mulheres pouca participação no enredo. Além disso, talvez ele não imaginasse que a tecnologia nuclear seria descontinuada. Mas como eu disse, Asimov não é mágico, mas um ficcionista, e ele fez algo impressionante em sua "ópera espacial", com direito a devaneios sobre possíveis habilidades futuras em uma sociedade humana que buscasse evoluir em consciência e linguagem, nas ciências humanas, ao invés das exatas.
Com um enredo fascinante, um universo rico e complexo e o talento de um exímio prosador, Asimov faz da sua trilogia Fundação, Fundação e Império, Segunda Fundação uma jornada inesquecível para o leitor.
Ficha Técnica
1. Fundação
Páginas: 239
2. Fundação e Império
Páginas: 248
3. Segunda Fundação
Páginas: 235
Autor: Isaac Asimov
Editora: Aleph
Perfis dos livros no Skoob:
1. https://www.skoob.com.br/livro/2668ED3474
2. https://www.skoob.com.br/fundacao-e-imperio-27768ed30170.html
3. https://www.skoob.com.br/segunda-fundacao-27769ed30172.html
Tudo bem que talvez seja muita pretensão de minha parte fazer comentários sobre um dos trabalhos mais impressionantes do Guru da ficção científica, Isaac Asimov. Mas é assim mesmo que a gente aprende.
A trilogia começa com o livro Fundação mostrando - com o perdão do trocadilho - os fundamentos dessa saga cósmica. Um jovem matemático é convidado a trabalhar na Universidade de Trantor, capital do Império Galáctico, a milhares de anos em nosso futuro. Lá ele conhece Hari Seldon, o fundador de uma estranha ciência chamada Psico-História. Segundo esta, seria possível prever o futuro de uma civilização através de fórmulas matemáticas. Sendo assim, foi previsto o declínio do Império e sua inevitável queda, seguida de trinta mil anos de barbárie.
Para atenuar os efeitos dessa crise e encurtar esses trinta mil anos em apenas mil, Seldon cria uma fundação de cientistas que deveriam tratar de todo o conhecimento do Império e guardá-lo em uma inédita enciclopédia, para quando um novo império surgisse.
A princípio, este é o objetivo da Fundação, estabelecida no planeta Terminus, na periferia mais obscura e distante da galáxia. Há, porém, um objetivo oculto e impressionante, que será revelado gradativamente, à medida que o Império se degenera e a periferia se torna cada vez mais instável e perigosa, com o surgimento de governos planetários belicistas.
Sei que a importância de uma obra pode interferir em sua leitura, de forma a causar uma expectativa que pode ser frustrante. Não foi esse o caso. O texto de Asimov é equilibrado e fluido, muito agradável. Além disso, seus personagens são cativantes, embora o tempo que o leitor passe com eles seja relativamente curto. Afinal, a trilogia cobre um período de mais de trezentos anos em que crises e reviravoltas acontecem.
É importante destacar, também, como Asimov tem uma incrível visão estratégica, dando ao leitor a impressão de que ele está fazendo um zoom sobre um indivíduo específico, depois de um espetacular panorama.
É interessante observar certos anacronismos. Afinal, Asimov não é um profeta, a ponto de prever as mudanças sociais que ocorreriam nas três últimas décadas. É possível notar também certo sexismo no desenrolar da trama, tendo as mulheres pouca participação no enredo. Além disso, talvez ele não imaginasse que a tecnologia nuclear seria descontinuada. Mas como eu disse, Asimov não é mágico, mas um ficcionista, e ele fez algo impressionante em sua "ópera espacial", com direito a devaneios sobre possíveis habilidades futuras em uma sociedade humana que buscasse evoluir em consciência e linguagem, nas ciências humanas, ao invés das exatas.
Com um enredo fascinante, um universo rico e complexo e o talento de um exímio prosador, Asimov faz da sua trilogia Fundação, Fundação e Império, Segunda Fundação uma jornada inesquecível para o leitor.
Ficha Técnica
1. Fundação
Páginas: 239
2. Fundação e Império
Páginas: 248
3. Segunda Fundação
Páginas: 235
Autor: Isaac Asimov
Editora: Aleph
Perfis dos livros no Skoob:
1. https://www.skoob.com.br/livro/2668ED3474
2. https://www.skoob.com.br/fundacao-e-imperio-27768ed30170.html
3. https://www.skoob.com.br/segunda-fundacao-27769ed30172.html
Leitura #6
Existem brinquedos só para meninos e outros para meninas? Duas crianças e vários brinquedos. Como resolver o dilema de qual brinquedos ou brincadeira cada criança pode brincar?
Pena de Pato e de Tico-Tico
Ana Maria Machado
Desenhos de Claudius
Editora Salamandra
Descrição: em fundo amarelo, um menino e uma menina jogam peteca. A menina está à esquerda, tem a pele levemente avermelhada, cabelos pretos curtos e usa um vestido azul. A mão esquerda dela está erguida. À direita, o menino tem a pele marrom e usa uma blusa azul e um calção vermelho. Ele ergue a mão direita. A peteca está no centro, com penas multicoloridas.
Originalmente publicado no Instagram.
Pena de Pato e de Tico-Tico
Ana Maria Machado
Desenhos de Claudius
Editora Salamandra
Descrição: em fundo amarelo, um menino e uma menina jogam peteca. A menina está à esquerda, tem a pele levemente avermelhada, cabelos pretos curtos e usa um vestido azul. A mão esquerda dela está erguida. À direita, o menino tem a pele marrom e usa uma blusa azul e um calção vermelho. Ele ergue a mão direita. A peteca está no centro, com penas multicoloridas.
Originalmente publicado no Instagram.
terça-feira, março 14, 2017
Vídeo: Livro-minuto - Sabiá
Registro visual de um livro-minuto. Sabiá, homenagem à melodia de Hervé Cordovil e à minha vovó, Maria da Conceição Santos Medina, que sempre a cantava para mim.
segunda-feira, março 13, 2017
Leitura #5
sexta-feira, março 10, 2017
O pato, a morte e a tulipa - Quando a Vida grita: Raposa!
"Fazia tempo que o pato sentia que algo não ia bem". Assim Wolf Erlbruch inicia sua pungente e delicada narrativa. Sem meios-termos e subterfúgios, a trama de cara mostra a que veio, com um inusitado e desconcertante encontro. Lá está a morte, franca e direta, como ela sempre é quando chega.
Certamente o fim da vida é um tema difícil mesmo para adultos, sendo ainda mais espinhoso quando abordado na literatura infantil, geralmente sempre sob a mira de educadores, pedagogos e pais sempre preocupados.
Por isso, não se pode negar a coragem e ousadia de Erlbruch na escolha do tema. E o autor logo se mostra à altura do desafio, apresentando a seus leitores aquela que talvez seja a morte mais simpática da história da literatura infantil universal. Com um jeito simples e cativante, sem perder a sua solene dignidade, a personagem é compreensiva e gentil, sem deixar de ser franca. Além disso, é impossível não se comover com o pato, inseguro diante do futuro incerto, sem contudo soar patético.
Nisso está a maestria de Wolf Erlbruch, ao abordar um tema tão grandioso de forma simples e poética, repleta de afeto e sensibilidade. Enquanto passeia pelo enredo, o leitor como que é convidado a caminhar com o pato, vivenciar seus medos e dúvidas, compartilhar de sua coragem.
Unindo simplicidade e pungência, beleza no traço e profundidade em seu texto, no diálogo e no enredo sutil e poético, O pato, a morte e a tulipa certamente será uma jornada tocante para aqueles que se aventurarem por suas páginas. Pois assim é a vida.
Ficha técnica
O pato, a morte e a tulipa.
Wolf Erlbruch
Ano: 2009
Páginas: 32
Editora: Cosacnaify
Página do livro no Skoob: https://www.skoob.com.br/o-pato-a-morte-e-a-tulipa-50636ed55578.html
quinta-feira, março 09, 2017
Leitura #4
A narrativa tradicional sem palavras, mas com muita expressividade.
Os Três Porquinhos
De Joseph Yacobs
Por Angelo Abu
Editora Mundo Mirim
Os Três Porquinhos
De Joseph Yacobs
Por Angelo Abu
Editora Mundo Mirim
quarta-feira, março 08, 2017
Sobre distâncias não ditas
Todo dia eu passo pela mesma praça a caminho do trabalho e a avisto de longe, quase sempre no mesmo banco. Ou então, sentada à beira da calçada, com sua sacola onde guarda todos os pertences de uma vida.
Por vezes, algumas pessoas estão com ela. Nesses momentos, ela é toda sorrisos, como a matriarca na cabeceira da mesa de família. Com gestos quase harmoniosos, ela parece exortar, motivar e acolher aqueles ao seu redor.
Noutras ocasiões, nem mesmo seu companheiro está com ela e nesses momentos a verdade me golpeia. Verdade chamada “abandono”. Ela está abandonada à própria sorte, mesmo quando não está sozinha.
E nesses momentos em que ninguém está com ela, eu a percebo lacônica, imersa em imobilidade, como se o próprio ar ao seu redor fosse de concreto.
Surpreende ela ser uma pessoa com um olhar tão doce. E apesar dos poucos dentes, ela sorri muito. Sempre diz como ama estar perto de uma biblioteca, declarando sem reservas seu amor por esse lugar.
Ela parece ser mais velha do que é, sua pele encarquilhada como que por vezes me lembra bronze castigado pelos anos, mas sempre móvel. O olhar meio caído como que suplica atenção e carinho.
Hoje eu atravessei a rua e me aproximei dela. Estava com o mesmo ar de desenganado abandono. Seu companheiro estava a seu lado e, diferente dela, sorria como se o mundo ao seu redor fosse uma ininterrupta apresentação de uma banda de rock.
Ela, porém, permanecia quieta e tristonha.
Nossos olhos se encontram. Ela fala tá tudo bem com você meu amor? E eu respondo tá sim. E com você? Ela diz não tô muito boa não. Por quê, pergunto eu. É que eu tô com uma doença que não tem cura. Surpreso e ao mesmo tempo mortificado, eu pergunto que doença é essa?
E ela responde: Saudade.
terça-feira, março 07, 2017
Leitura 3
Originalmente publicado no Instagram dia 3 de janeiro de 2017.
O que acontece quando dois irmãos de sexos diferentes passam de baixo do arco-íris? Confusão na certa!
Faca sem ponta, galinha sem pé
Ruth Rocha
Desenhos de Mariana Massarani
Editora Ática
Ruth Rocha
Desenhos de Mariana Massarani
Editora Ática
Vídeo: Livro-minuto na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil
Boa noite! Este vídeo não foi lincado aqui antes e por isso compartilho agora com vocês. Trata-se do resultado de uma das realizações da oficina Livro-minuto, frequentemente oferecida na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil / Centro de Referência da Juventude. Na atividade, convido os participantes a produzirem livros a partir de dobraduras de papel, num exercício de escrita, ilustração e edição. Momento único em que todos damos à luz um pequeno livro, filho intelectual e físico. Quem quiser conhecer mais sobre essa oficina, basta entrar em contato comigo, a partir deste site ou dá página no Facebook.
E com vocês o vídeo!
E com vocês o vídeo!
segunda-feira, março 06, 2017
Segundo livro do ano!
Originalmente publicado no Instagram dia 2 de janeiro de 2017.
João é um jovem pé de feijão que deseja muito crescer e ficar bem forte. E para isso ele precisa de água. Mas o que fazer quando a terra está tão seca que chega a rachar? Como João conseguirá a água de que tanto precisa?
João Feijão
Sylvia Orthof
Ilustrações de Walter Ono
Editora Ática
#livros2017 #UmLivroPorDia #Biblioteca #planta #natureza
João Feijão
Sylvia Orthof
Ilustrações de Walter Ono
Editora Ática
#livros2017 #UmLivroPorDia #Biblioteca #planta #natureza
quarta-feira, março 01, 2017
Historias na Feira de Trocas do Point Barreiro
Texto originalmente publicado no Instagram no dia 26 de abril de 2016.
No dia 26 de março de 2016 tive o privilégio de contar histórias na Feira de Trocas do Point Barreiro.
Cheguei ainda muito preocupado e inseguro. Afinal, seria a primeira vez numa apresentação para adultos sozinho.
Comecei com o texto que mais amo, "Uma ideia toda azul", da Marina Colasanti. Foi um momento mais tenso, pesado, embora o texto de Marina seja incrivelmente leve.
Em seguida, passei a narrar uma história da tradição oral chamada "A mulher sábia". Da sabedoria, fui para o humor, com "As trapalhadas do Zé Bocoió" e "A filha encantada do fazendeiro". Separei um tempinho para conversar com o público. Falei um pouco dos meus trabalhos. Em seguida, contei a história " Um herói diferente". Logo, a irreverência e o humor fez com que todos cantassem juntos a história do herói mais nojento do que se pode esperar. Todo mundo riu.
Mil agradecimentos à Sandra Lane, que tornou isso possível!
domingo, fevereiro 26, 2017
Primeiro livro do ano!
Originalmente publicado no Instagram dia 01/01/2017.
Uma coletânea de contos tradicionais, com o acréscimo de duas histórias autorais. São narrativas leves e bem humoradas, carregando na letra o mesmo jeito manhoso da oralidade do contador de histórias.
O contador de histórias
Roberto Carlos Ramos
Roberto Carlos Ramos
Vários ilustradores
Editora Leitura
quinta-feira, fevereiro 23, 2017
Reavendo sonhos
Quem costuma aparecer esporadicamente por aqui deve perceber que costumo ser intermitente em minhas atualizações. São por vezes dias de diligentes postagens sucedidos por meses de silêncio. Resolvi dar um basta nisso.
Quem me conhece sabe que o blog é uma parcela, por vezes pequena, de minha escrita. Sempre tive o desejo de tornar este espaço mais dinâmico, dialógico, com participações dos visitantes. Infelizmente, acho que ainda me falta confiança, mais do que diligência para dar novo fôlego a este que pretendia ser a plataforma de divulgação de meus trabalhos. Quem sabe, talvez, um dia.
Com uma razoável determinação que me atingiu hoje, resolvi então explicitar aqui algumas determinações que tenho praticado já neste ano que alcança o final de seu segundo mês de vida.
Desde o dia primeiro, tenho utilizado o meu perfil no Instagram para atualizar fotos de capas dos livros que tenho lido. Publico com a hashtag #UmLivroPorDia. O objetivo é justamente ler pelo menos um livro infantil todo dia. Sabem como é, porém, a realidade diante do ideal. Estou perto de manter a meta, mas faltam dois livros para completar os 54 de hoje.
Sim, eu deveria ter lido pelo menos 54 livros infantis em 2017! Espero que antes de meia noite eu já tenha conseguido esse intento.
Outro objetivo é retomar as visitas às escolas, tanto como escritor quanto como contador de histórias. Esse eu já comecei a cumprir. Tanto que agendei para contar histórias na UMEI Primeiro de Maio na segunda semana do próximo mês. E pretendo montar um diário dessas apresentações.
Além disso, quero retornar com as resenhas semanais. Estou pensando seriamente em resenhar a trilogia da Fundação, de Isaac Asimov, mas não sei se estou à altura. E inclusive vou continuar resenhando livros infantis, como comecei a fazer em outros momentos.
Vou criar uma página aqui no blog para manter a lista atualizada dos livros que entrarão no desafio de leitura diária. O título será "Um Livro Por Dia em 2017". Se não gostarem, estou aberto a opiniões!
Por fim, quero retomar meus vídeos. Não será mais o quadro Vídeo de Terça. Acho que ser obrigado a postar vídeos toda terça-feira um pouco pesado, uma vez que estarei envolvido em tantas outras coisas.
Não posso deixar de contar que pretendo falar um pouco mais do meu trabalho como contador de histórias e mediador de leitura, apresentando pequenas pílulas de alegria em momentos preciosos com as crianças que eu tiver o privilégio de encontrar.
Bem, pessoal, creio que seja isso. Espero poder cumprir esse objetivo de deixar o blog um pouco mais animado, e conto com vocês, leitores, para me ajudarem com opiniões e sugestões para continuarmos guardando histórias ao compartilhá-las com todos que pudermos!
quinta-feira, fevereiro 09, 2017
Canto de um nunca mais
Quando criança
Ouvia ela cantar:
"Sabiá lá na gaiola
Fez um buraquinho
Voou..."
E de repente,
Numa tarde
Quem voou para longe
Foi o suspiro
Da minha avozinha.
E a gaiola, o corpo
Tão fraquinho e franzino
Que não mais conseguiu
Segurar uma alma
Desejosa em voar.
A menina chorosa
É minha alma
Que se espreme
E tenta lembrar
Das tardes
Quando ela cantava
E contava
De um sabiá
Que prometia voltar.
Ouvia ela cantar:
"Sabiá lá na gaiola
Fez um buraquinho
Voou..."
E de repente,
Numa tarde
Quem voou para longe
Foi o suspiro
Da minha avozinha.
E a gaiola, o corpo
Tão fraquinho e franzino
Que não mais conseguiu
Segurar uma alma
Desejosa em voar.
A menina chorosa
É minha alma
Que se espreme
E tenta lembrar
Das tardes
Quando ela cantava
E contava
De um sabiá
Que prometia voltar.
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