Estou com sede. Meu rosto é um esgar de secura. Sou um sedento que rasteja por solo pedregoso. Arranho meu ventre nas pedras, machuco meu rosto nas raízes mortas das plantas. Sou um rio de secura travando uma constante batalha com o solo. Minha pele é como a terra, imersa num mimetismo vil e inútil. Já não sei onde acaba meu corpo e começa o chão. E não me importa saber. Afinal, apenas tua úmida presença faria minha pele vicejar novamente. Uma presença que se faz eternamente impossível.
Sabe aquela história perdida, que pode estar no livro guardado na estante mais escondida da Biblioteca, ou da locadora de vídeo, da plataforma de "streaming", ou até mesmo numa página obscura da Internet; aquela história que, quando você a conhecer, fará toda a diferença em sua vida? Enquanto não chega o dia de encontrá-la, espero poder guardá-la para você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário