Quando criança
Ouvia ela cantar:
"Sabiá lá na gaiola
Fez um buraquinho
Voou..."
E de repente,
Numa tarde
Quem voou para longe
Foi o suspiro
Da minha avozinha.
E a gaiola, o corpo
Tão fraquinho e franzino
Que não mais conseguiu
Segurar uma alma
Desejosa em voar.
A menina chorosa
É minha alma
Que se espreme
E tenta lembrar
Das tardes
Quando ela cantava
E contava
De um sabiá
Que prometia voltar.
Sabe aquela história perdida, que pode estar no livro guardado na estante mais escondida da Biblioteca, ou da locadora de vídeo, da plataforma de "streaming", ou até mesmo numa página obscura da Internet; aquela história que, quando você a conhecer, fará toda a diferença em sua vida? Enquanto não chega o dia de encontrá-la, espero poder guardá-la para você.
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