quarta-feira, maio 25, 2016

Dores de alma

Tem vezes que a alma range. Parece meio velha, estala um pouco, não cede. A gente chega a achar que ela encolheu.

Em dias em que o sol dá lugar à sisudez do cinza, quando num golpe de vento o meio-dia ganha ares de lusco-fusco, a dorzinha na alma fica mais forte. É como aquele joelho que costuma reclamar em tempos frios.

E assim, açoitada pela espessa cortina de água, a alma não mais range, geme. E a nós resta apenas forçar um pouco mais, respirar fundo e esperar que logo passe.

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