Tem vezes que a alma range. Parece meio velha, estala um pouco, não cede. A gente chega a achar que ela encolheu.
Em dias em que o sol dá lugar à sisudez do cinza, quando num golpe de vento o meio-dia ganha ares de lusco-fusco, a dorzinha na alma fica mais forte. É como aquele joelho que costuma reclamar em tempos frios.
E assim, açoitada pela espessa cortina de água, a alma não mais range, geme. E a nós resta apenas forçar um pouco mais, respirar fundo e esperar que logo passe.
Sabe aquela história perdida, que pode estar no livro guardado na estante mais escondida da Biblioteca, ou da locadora de vídeo, da plataforma de "streaming", ou até mesmo numa página obscura da Internet; aquela história que, quando você a conhecer, fará toda a diferença em sua vida? Enquanto não chega o dia de encontrá-la, espero poder guardá-la para você.
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