quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Para continuar a sonhar

Há duas semanas narrei aqui um pouco do encontro maravilhoso que tive na VI Jornada de Edição do CEFET-MG. Contudo, fiquei devendo um outro relato, sobre meu retorno à mesma instituição, dois dias depois, agora para falar novamente com os alunos do ensino médio.

No final do ano passado, estive a convite da amiga Fernanda Rodrigues no auditório do Campus I do CEFET-MG para falar com dezenas de adolescentes sobre O Medalhão e a Adaga. Distribuí marcadores e dei autógrafos, mas tinha poucos livros comigo e infelizmente eram todos muito caros.

Os alunos, porém, não desistiram de adquirir exemplares. Fizeram o contato com a editora e adquiriram 54 exemplares por 50% do valor de capa.
No dia 6 de fevereiro, estive com meus leitores novamente, agora visitando suas salas de aula em seminários ocorridos em cada horário. Foram três conversas maravilhosas, quando pude descobrir leitores indignados com a ausência de uma continuação. Pude também ser gratificado com depoimentos de estudantes que disseram ter abandonado o preconceito contra livros de fantasia após lerem O Medalhão e a Adaga. Isso foi gratificante!

Sempre com o apoio da minha amiga Fernanda Rodrigues, pude ouvir as mais diversas opiniões e sugestões, além de outras perguntas. Aproveitei para divulgar também A Cidade Suspensa.


Novamente, dei autógrafos, agora nos exemplares do meu livro. Sentia, porém, que eu é que deveria ter pedido autógrafo dessa rapaziada tão legal! Afinal, sou daqueles que defendem que o livro só acontece por causa do leitor. 

Espero sinceramente ter a oportunidade de outros momentos assim. Ter contato com as pessoas que leram minha história, que se emocionaram com meus personagens, que sonharam com eles, tudo isso tem um efeito poderoso. Esse é o maior estímulo para continuar a escrever, para continuar a sonhar.

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Elevador 16 - Claustrofobia Mortal

Quem acompanha as publicações deste blog, ou conhece meu perfil no Skoob, já sabe que sou um entusiasta do gênero Zumbis. Minha fascinação vem da trilogia do Mestre George Romero, passando pela franquia Resident Evil (acreditem, eu assisto aqueles filmes horríveis apenas por fidelidade à franquia dos games, inclusive li a maioria dos livros de S.D. Perry) e culmina na literatura fantástica focada nesses incansáveis comedores de carne. 
Não posso negar que também sou um entusiasta da literatura brasileira, tanto por ser também escritor, quanto por meu trabalho como formador de leitores em uma biblioteca pública. Não deixaria, portanto, de expressar um duplo interesse quando a literatura brasileira e o gênero Zumbi se encontram.
Por isso, quando conferi no perfil do autor Rodrigo de Oliveira que a novela Elevador 16 estava disponível para downoad gratuito, não hesitei em baixá-lo, já antevendo que passaria boa parte da noite em claro.
Foi isso, de fato, o que ocorreu. Em Elevador 16 somos apresentados à jovem Mariana, que enfrenta um dilema enquanto se encontra em plena crise com o namorado, Raul. Estamos no ano de 2018, às vésperas da passagem do recém-descoberto planeta Absinto, como referência à uma passagem do Apocalipse. Todos estão entusiasmados com esse grande fenômeno astronômico, muitas pessoas se preparam para acompanharem o enorme corpo celeste, que estará em seu ponto mais próximo de nosso planeta.
Mariana dá pouca importância para a atual situação, pois tem coisas mais sérias para se preocupar. E quando ela fica presa em um elevador com outras quinze pessoas, entre elas Raul, Mariana logo percebe que as coisas ficarão mortalmente piores.
Elevador 16 possui uma trama curta, bem equilibrada e com um ritmo muito bom. Como afirmei acima, foi impossível tirar os olhos da tela enquanto não terminei o texto. Há um elemento muito bem pensado pelo autor para nos aproximar da protagonista, desenvolvendo em nós uma forte empatia por ela. Tanto a insensibilidade e o egoísmo do namorado, Raul, quanto a postura resoluta de Mariana criam uma tensão muito bem equilibrada, que será importante para o desfecho da trama.
Com certa dose de suspense e violência, sem exageros num e noutro, Elevador 16 revela-se um ótimo entretenimento para os amantes de histórias de mortos-vivos, nos fazendo acreditar que certamente Rodrigo de Oliveira, como autor desse gênero, muito tem a oferecer.

Ficha Técnica
Editora: Faro Editorial
ISBN: 0
Ano: 2014
Páginas: 70

Página do livro no Skoob: http://www.skoob.com.br/livro/371385

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Uma história antes não contada

Como divulguei há alguns dias, estive no CEFET-MG, na VI Jornada de Edição, como convidado. Não posso fugir do clichê e dizer que foi um momento mágico, especial. Afinal, foi isso mesmo. Quando recebi o primeiro contato da professora e escritora Ana Elisa Ribeiro, fiquei surpreso e cheguei a pensar se teria de fato algo a dizer. Ela me tranquilizou, informando que o objetivo era que eu compartilhasse minha experiência editorial. 
Da surpresa, pulei direto para a empolgação. Afinal, como disse no início de minha palestra, é um privilégio ter voz em um país em que isso é tão difícil. Dei-me conta, então, que nunca havia narrado minha experiência ao público, ainda mais a um público tão especial. Essa trajetória por vezes tortuosa nunca foi inteiramente narrada. 
Quando estive com os alunos do curso técnico do CEFET-MG, no final do ano passado, relatei o processo de criação do livro O Medalhão e a Adaga, com seus longos 15 anos. Contudo, ainda me faltava traçar esse histórico desde a primeira vez que tive um primeiro texto publicado.
Foi de fato um enorme privilégio poder compartilhar com estudantes do curso de Letras os percalços e infortúnios de um escritor aprendiz, que buscou na faculdade de Letras, ainda que erroneamente, as ferramentas para aprimorar seu fazer literário.
Bem, fico devendo agora a este espaço um post completo com essa trajetória. Mas deixarei para outro momento. Além do mais, devo também uma outra postagem especialmente dedicada aos alunos do curso técnico do CEFET-MG, que me receberam novamente com tanto carinho na semana passada.
Portanto, deixo mais uma vez meu agradecimento aos organizadores da VI Jornada de Edição, na pessoa do Caio Saldanha. Agradeço também ao grande amigo Luiz Henrique de Oliveira, escritor e pesquisador notável, que compartilhou comigo esse momento especial. Deixo aqui também meu profundo agradecimento aos amigos de coletivo Simone Teodoro e Rodrigo Teixeira, que me honraram com seu apoio. E por falar em apoio, agradeço à Ana Luiza de Freitas Rezende por sua presença sempre tão firme e luminosa.

Mais uma vez, obrigado!

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

VI Jornada de Edição




Realizada todos os anos pelos alunos do primeiro período de Letras do CEFET-MG, a jornada tem como função mobilizar estudantes de letras e interessados pelo campo de edição a assistir a duas palestras. 

Esse ano as palestras serão ministradas por: 
★ Samuel Medina: graduado em Letras, escritor e servidor público municipal na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte.
★ Luiz Henrique Oliveira: Doutor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela UFMG (2009-2013) e Chefe do Departamento de Planejamento e Coordenação da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

Será um evento excelente e uma oportunidade única de conhecer mais sobre esse universo da edição. Venham conferir, contamos com a presença de todos vocês!

Para maiores informações: jornadadeedicao@gmail.com


Data: Terça-feira, 04/02/2014
Hora: 19:00
Local: Auditório do Campus II - Av. Amazonas, 7675 - Gameleira 
         Belo Horizonte - MG 

Confira a página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/531920096924629

Espero vocês lá!